A partir de 2010, o futebol terá a possibilidade de testar ao mais alto nível a introdução de dois árbitros de área, para além dos três elementos tradicionais da equipa de arbitragem. Uma medida que se destina a limitar os erros de julgamento nas zonas onde verdadeiramente se decidem os jogos e que justifica, por isso, algum optimismo prudente.
Resulta ainda assim, da reunião do International Board, uma sensação de oportunidade perdida. Em primeiro lugar, porque foi preciso mais de uma década para concordar com vozes tão autorizadas como as de Eriksson, ou do próprio Platini, que a defendiam desde os anos 90.
Em segundo lugar porque, mesmo deixando de lado a incómoda questão das novas tecnologias - que exige um pouco mais de reflexão e um pouco menos de certezas pronto-a-comer - se rejeitou a possibilidade de testar sanções disciplinares intermédias.
No actual panorama, grande parte dos árbitros sente relutância em passar a fronteira de um amarelo pouco eficaz e um vermelho irremediável. As exclusões temporárias seriam um meio de combate ao jogo faltoso a merecer, pelo menos, uma avaliação no terreno. Ao ritmo a que as coisas se fazem no International Board, provavelmente chegaremos lá por volta de 2020.
P.S.: Já agora, na ressaca do clássico do Dragão: para quando considerar seriamente a hipótese de a duração dos jogos ser definida pelo tempo útil, com duas partes de 25 minutos de bola a rolar, por exemplo?