O português Edi Maia falhou a presença na final de salto com vara dos Mundiais de atletismo, prova que teve de realizar com varas emprestadas.

O equipamento do português não chegou a Moscovo no mesmo voo do atleta e o seu paradeiro é ainda desconhecido. Valeu ao atleta do Sporting a boa vontade de delegação do Brasil, que lhe emprestou varas para competir, mas Edi Maia diz que não foi a mesma coisa e que esse problema fez toda a diferença.

Programa dos Mundiais de atletismo

«Isso prejudicou-me muito. Se tivesse saltado com as minhas varas, estaria na final», afirmou Edi Maia, citado pela Lusa: «As varas não são semelhantes. São da mesma marca, mas é sempre diferente. Agradeço à Federação Brasileira, por me ter emprestado as varas. Mesmo assim consegui ultrapassar os 5,40 metros, mas fico frustrado por terem passado atletas com a marca de 5,50.»

Edi Maia, que tinha como marca de inscrição 5,70 metros, admite não deixar por aqui o caso do extravio do seu equipamento, que vale, diz, entre cinco e seis mil euros: «Vou falar com o treinador e ver se vale a pena processar. Não sei onde se encontram as varas. Se calhar, perderam-se.»

A outra portuguesa em prova neste primeiro dia dos Mundiais de atletismo, Irina Rodrigues, foi de resto 17ª na qualificação do lançamento do disco. Apesar de ter falhado a final, a atleta dá-se por satisfeita, ela que conseguiu a melhor marca no primeiro lançamento, a 57,64 metros.

«Estou bastante feliz. Foi a minha melhor marca de sempre em competições internacionais, foi uma prestação bastante positiva. Agora, só espero crescer e treinar cada vez mais para no futuro poder ambicionar posições mais cimeiras», disse, ela que é ainda sub-23.