Bruno de Carvalho voltou a lançar críticas ao comportamento de André Carrillo, ao não querer renovar com o Sporting, referindo que foram os «leões» que deram «nome» no mundo do futebol ao extremo.

«Se não tivesse existido o Sporting na sua vida possivelmente nem jogaria futebol, estaria a jogar numa rua qualquer do Perú e talvez ninguém o conhecesse», disse em entrevista à agência EFE, citada pela agência Lusa.

O presidente do Sporting apelidou o peruano de «mal-agradecido» e recordou o que o clube lhe deu: «Trabalhamos com Carrillo há quatro anos, fizemo-lo crescer, educámo-lo, vestimo-lo, alimentámo-lo… Agora tem um nome, mas quando chegou - em 2011, do Allianza Lima, com 19 anos- era um miúdo.»

Bruno de Carvalho confessou que o jogador o dececionou ao romper com a palavra que lhe deu e explicou que existiu «uma estratégia claríssima e pensada para não renovar com o objetivo de prejudicar a entidade patronal».

O jogador fez o seu último jogo a 13 de setembro com o Rio Ave e está a contas com um processo disciplinar. O presidente leonino admitiu que o cenário mais provável é o jogador sair a custo zero em junho, mas deixou o alerta aos interessados: «As regras dizem que os clubes que queiram negociar um jogador que esteja livre têm em primeiro que avisar o seu clube, é só enviar uma carta (…). Muitos jornalistas espanhóis perguntam-me pelo interesse do Sevilha e é estranho, ou perdeu-se a carta ou não sei o que se passa.»

Caso não existe esta formalidade, Bruno de Carvalho disse que pondera a possibilidade de pedir uma indemnização, o que pode fazer com que o negócio já não compense aos outros clubes.

«Os clubes devem pensar um pouco quando há litígios entre um jogador e a sua equipa, que por vezes afetam o clube seguinte [do jogador]», sublinhou.

Na mesma entrevista, Bruno de Carvalho fala sobre William Carvalho e refere que ninguém se interessou formalmente pelo médio: «Uma proposta desse tipo, em papel, nunca tive. Não temos vontade nem necessidade de fazer vendas.»