Nelo Vingada, treinador da Académica, depois da sua primeira vitória à frente dos «estudantes», diante do Nacional (1-0), em jogo da 21ª jornada da Superliga:
«Era um jogo de grande importância para nós face ao presente e à possibilidade de oferecer um horizonte mais optimista. Reconheço que, sem ter sido brilhante, a nossa prestação esteve num patamar que, quem joga frente a uma boa equipa como o Nacional, era difícil fazer mais. Destaco a justeza do resultado frente a uma boa equipa que está tranquila na tabela classificativa. Demos um passo em frente, mas ainda estamos longe dos nossos objectivos. Quero deixar uma palavra especial para os adeptos, no que foi uma boa simbiose entre a cidade e o seu clube. Já contra o Guimarães, com o futebol de boa qualidade que produzimos, se tivéssemos marcado um golo tudo poderia ter sido diferente. De alguma maneira, os jogadores sentiram que hoje era o jogo do tudo ou nada. Quando se ganha há sempre tendência para se enfatizar aquilo que de bom se fez. Entrámos com um estilo diferente daquilo que temos feito até aqui, tentámos criar um factor surpresa, mas o adversário ajustou-se bem às nossas posições. Com as entradas do Kenedy e do Dário o nosso jogo alargou-se. A ansiedade existe em todos os jogos e ainda mais na situação em que a Académica está. O melhor tónico são as vitórias. Dário não foi a chave, a chave foi o colectivo. Corremos alguns riscos, embora não tivéssemos muita largura, uma vez que estávamos a jogar sem extremos».