Não foi por falta de oportunidades que o Olhanense e o Nacional empataram a zero. Maior desperdício o algarvio, que os deixa com um amargo na boca mais intenso do que o do adversário. O Nacional, diga-se em abono da verdade, que o jogo como começara: a falhar duas flagrantes ocasiões, por sinal, as únicas de todo o jogo.

No final, foi visível o descontentamento dos jogadores das duas equipas.

Como tem sido habitual, Daúto Faquirá continuou fiel ao 4x2x3x1. Não mexeu no esquema mas foi obrigado a mudar peças, face a lesões. Ricardo Baptista estreou-se na Liga, ocupando o lugar de Moretto.

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Na linha média, Nuno Piloto regressou após lesão para ocupar a vaga de Vinícius, como trinco com mais liberdade, ao lado de Fernando Alexandre. No ataque, Adilson, complementou Jorge Gonçalves e Paulo Sérgio nos corredores.

No Nacional, Jokanovic esquematizou o onze em 4x4x2, com Diego Barcelos como avançado com maior mobilidade, em dupla com Orlando Sá mais fixo. Na intermediária, Edgar Costa encarregou-se do corredor direito, ficando Skolnik com o esquerdo. No centro, Todorovic (trinco) e Bruno Amaro.

Orlando Sá desperdiçou a primeira oportunidade de golo do jogo, aos seis minutos, numa contradição do que viria a ser a primeira parte: o Olhanense esteve sempre por cima, jogando mais tempo no meio-campo adversário.

Questões de estratégia, ou não, o Nacional deu a iniciativa ao adversário, adoptando uma atitude expectante, nunca querendo pegar no jogo, mesmo quando dispunha de espaço e tempo para o fazer. A equipa madeirense preferiu circular a bola em zonas recuadas, chamando o adversário, para tentar surpreendê-lo em transições rápidas.

Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores

Com boa circulação de bola e grande mobilidade no ataque, o Olhanense conseguia aproximar-se da baliza de Bracali, e construir situações suficientes para ter ido para intervalo em vantagem. Jorge Gonçalves, foi o protagonista, rápido a aparecer nas costas dos defesas, mas com a mira desafinada na hora do remate.

O poste esquerdo da baliza foi amigo de Bracali, aos trinta e quatro minutos, na sequência de um canto de Paulo Sérgio, com intervenções de Jardel e Carlos Fernandes, naquela que foi a oportunidade mais flagrante dos algarvios no primeiro tempo.

As movimentações das duas equipas mantiveram-se inalteráveis na segunda-parte, até porque, as alterações efectuadas pelos dois treinadores foram troca-por-troca. Alteraram unidades, mas para as mesmas posições.

Bracalli, o maior destaque entre outros

O Olhanense continuou com o domínio do jogo, o Nacional a ver jogar, mas cada vez mais distante da baliza de Ricardo Baptista. Maurício teve na cabeça, e por duas vezes, a oportunidade de desempatar o jogo, a segunda das quais com Bracali a efectuar a defesa da noite.

O avanço do Olhanense no terreno foi, com o passar dos minutos feito também em desespero, com a segurança defensiva um pouco descurada. O que poderia ter sido aproveitada pelo Nacional, aos 85 minutos, quando Orlando Sá isolou-se, mas com finalização deficiente, passando a bola junto á base do poste esquerdo da baliza algarvia.