As contas do Grupo C da Taça da Liga serão fechadas apenas no último jogo, no Estádio do Bessa, no confronto entre o Boavista e o Sp. Braga. Os arsenalistas receberam o Paços na estreia na presente edição da competição, registando-se um nulo no marcador num embate em que o Sp. Braga jogou toda a segunda parte em inferioridade numérica.

Dependente de uma conjugação de resultados improvável depois de perder em casa, o Paços de Ferreira viu confirmado o afastamento da prova. Contudo, os castores empataram autenticamente os guerreiros que, ficaram uns furos abaixo do que é costume fazer, foram perdulários na primeira metade e acabaram com poder de fogo reduzido devido à expulsão.

Numa senda de três triunfos consecutivos, o Sp. Braga interrompe essa série frente a um Paços que nos últimos oito jogos apenas conseguiu bater o Águias de Moradal.

Paços com personalidade, Braga perdulário e em inferioridade

Mesmo com uma reformulação quase total no onze comparativamente com o último jogo, sendo Maracás o único sobrevivente, e tendo em conta as parcas possibilidades de seguir em frente na prova, o Paços de Ferreira entrou em campo a demonstrar personalidade. Um onze à base de segundas linhas não foi fator para os castores tremerem, rubricando um bom arranque.

Com menos mudanças, em estreia na presente edição da prova, o Sp. Braga voltou a evidenciar pecados antigos, demorando a entrar em jogo. A intensidade foi baixa e, por isso, os pupilos de Carlos Carvalhal, que paulatinamente foram tomando conta do jogo, imprimiram pouco ritmo ao encontro.

Ainda assim, contabilizaram-se vários remates, alguns deles em zona potencialmente perigosa, que demonstravam uma face bracarense demasiado perdulária, aqui e ali, por entro o domínio adversário, o Paços lá se esticava até ao ataque e ameaçava causar calafrios. Nos dois minutos de descontos do primeiro tempo Moura viu a segunda cartolina amarela e acabou expulso por Hélder Malheiro.

Dez guerreiros com vontade mas insuficientes

Uma expulsão que, obviamente, teve influência no jogo. Carvalhal reorganizou as tropas, deixando desde logo Iuri Medeiros, Chiquinho e Abel Ruiz nas cabines ao intervalo, lançando em jogo Vitinha, Ricardo Horta e Sequeira.

A realidade é que se a primeira metade teve momentos de ritmo baixo, os segundos quarenta e cinco minutos foram desenrolados praticamente nessa toada. O Paços parecia nada querer com o jogo, enquanto que apenas dez guerreiros eram insuficientes para abalar a estruturados castores.

Nem a chuva quis dar o seu contributo para o espetáculo, chovendo copiosamente durante largos minutos. Escassearam, claro está, os lances de perigo e o nulo no marcador arrastou-se até ao final do encontro. Um nulo que resistiu ao derradeiro assédio bracarense, já nos descontos, que com uma enorme alma ousou criar perigo.

Passagem em aberto para a última jornada para Sp. Braga e Boavista. Aos axadrezados basta um empate, mas o Sp. Braga continua a depender exclusivamente de si- O Paços está fora da Taça da Liga.