Num jogo muito «quezilento», onde o árbitro Paulo Baptista teve de mostrar a cartolina amarela por nove vezes e expulsou Iliev por acumulação de cartões, o empate entre Marítimo e Paços de Ferreira (1-1) pode-se considerar justo, por dois motivos. O Marítimo, reduzido a 10 unidades, soube lutar com muito espírito de sacrifício pelo empate, enquanto o Paços de Ferreira atacou mais, mas pecou na finalização.  

Mesmo assim, os homens de José Mota conseguiram chegar à igualdade por um dos seus melhores jogadores, Rafael, aos 66 minutos, traduzindo um claro ascendente ofensivo, já que os madeirenses como lhes competia, abdicaram do ataque, jogando em contra-ataque. O Paços de Ferreira não permitiu que o Marítimo entrasse no encontro.  

Com esta igualdade, as duas equipas continuam separadas por um ponto na classificação e os locais mantiveram a invencibilidade caseira.  

Os minutos iniciais deixaram desde logo antever uma partida muito disputada e com o conjunto nortenho a querer provar que a boa temporada realizada até ao momento não é obra do acaso.  

É que perante um Marítimo imbatível nos Barreiros, o Paços de Ferreira entrou por três vezes na defensiva verde-rubra com muita facilidade, só pecando na hora do remate. Beto e Paulo Vida deram o primeiro aviso aos pupilos de Nelo Vingada. 

Daí em diante, o encontro tornou-se «escaldante» para o juiz que veio de Portalegre. Paulo Baptista teve de distribuir diversos cartões amarelos para tentar controlar o jogo. 

O Marítimo dispôs de uma boa ocasião por intermédio de Musa Shannon, que numa jogada de insistência fintou os adversários que lhe surgiram pela frente (com alguma sorte à mistura), mas perdeu tempo de remate permitindo um corte providencial de Gaspar. 

A sorte sorriu então aos homens de Nelo Vingada, que aos 23 minutos de jogo conseguiram chegar ao golo, quando nada o fazia prever. O búlgaro Iliev aproveitou bem um mau alívio do guarda-redes Pedro e colocou bola no fundo da baliza do paços de Ferreira. Foi um choque para José Mota... 

Iliev complica a vida a Vingada 

Se a turma nortenha já por si só estava a complicar a vida ao técnico dos verde-rubros, Nelo Vingada viu ainda a sua missão mais dificultada com a expulsão do búlgaro Iliev. Se foi justa ou não, só o intervenientes o poderão dizer. Fica a ideia que Paulo Baptista foi muito rigoroso, mas Iliev também não foi um «santo». 

José Mota continuou a ver a sua equipa a atacar mais, a pressionar os madeirenses mas a não marcar. O intervalo surgiu e o técnico visitante não fez nenhuma alteração. 

Rafael repõe a verdade 

A formação nortenha continua a trocar bem a bola até à área do Marítimo, com a equipa da casa actuar e nítido contra-ataque. Mota mexeu no seu «onze» e aos 66 minutos, Rafael repôs a verdade no jogo, conseguindo um golo, após um bom passe de Everaldo. 

Vingada respondeu e lançou o veloz Bakero tentando contrariar o recuo lógico da sua equipa. Só que Bakero continua a demonstrar muita vontade, mas é muito complicado na hora do passe e da finalização. Aos 73 minutos perdeu uma boa ocasião de golo, permitindo o corte a Marco Paulo. 

Até ao final do encontro, Nélson «fechou» a baliza do Marítimo, opondo-se sempre com muita segurança aos remates dos visitantes. Já em tempo de descontos, Lagorio surgiu lado a lado com Gaspar e caiu na área do Paços de Ferreira. Paulo Baptista mandou seguir o jogo, não assinalando nada. Ficou a ideia que houve contacto... 

O Paços de Ferreira confirmou nos Barreiros que nem sempre quem mais ataca consegue vencer. Os homens de José Mota dominaram a partida por completo, mas não acertaram com a baliza na hora da verdade.