Pedro Emanuel tem sido um dos esteios do F.C. Porto. No clube há quatro anos, o central rapidamente se tornou numa das vozes mais respeitadas dentro do grupo. Uma posição alcançada pela capacidade de liderança e pelas boas exibições que vem conseguindo de azul e branco. Falta apenas uma chamada à Selecção Nacional. «Tenho sempre essa ambição», diz. «Quando perder essa ambição, deixo de jogar futebol».
Apesar da idade, 30 anos, o jogador diz que não vai abdicar de lutar por essa estreia com a camisola das Quinas. «Trabalho diariamente para ajudar o meu clube, onde fui muito bem recebido», frisa. «Se entenderem que posso representar o país, ficarei muito orgulhoso. Ainda não aconteceu, mas vou trabalhar da mesma maneira. O futebol é mesmo assim, há sempre opções que temos de respeitar. É esta a minha forma de estar».
Enquanto essa estreia não chega, Pedro Emanuel vai continuando a ser um esteio no F.C. Porto. Dentro e fora de campo. Procurando integrar os novos jogadores na mística portista, por exemplo. «Acho que o importante é darmo-nos a conhecer um pouco melhor ao treinador», diz. «Chegou a uma casa nova para ele e tem de conhecer bem os jogadores. Neste momento todos estão a superar a condicionante física para mostrar que têm valor para ajudar a forma grande equipa». Pela parte dele promete ajudar no que puder. «Os primeiros dias têm sido bastante desgastantes, mas é o normal nesta fase da época. Viemos para um sítio com condições para desenvolver um bom trabalho e integrar quem chega de novo. O desgaste é normal nesta fase da preparação».
Os triunfos da época que agora começou passam muito por aí, pelo sucesso da integração de quem chega para tornar o grupo mais forte. Pedro Emanuel diz aliás que esse é um aspecto decisivo. «Fundamental é que quem chegue de novo se integre e perceba a informação que lhes é dada», frisa. «No ano passado as coisas não se proporcionaram dessa forma e os resultados não se coadunaram com o real valor dos jogadores. O importante é o trabalho que vamos desenvolver neste início de época. Temos de assimilar o que o treinador quer dentro do campo. Sabemos que fizemos história nos últimos anos. Fico feliz e realizado por ter feito parte desse lote de jogadores, mas acima de tudo o importante é manter o valor e ter noção de que podemos fazer uma boa equipa para atingir os nossos objectivos».