A Liga Premier avançou com várias propostas numa reunião de mais de quatro horas com os representantes dos vinte clubes do primeiro escalão do futebol inglês, entre as quais destacam-se a introdução de um regulamento de «fair-play» financeiro próprio, independente do que a UEFA está agora a começar a aplicar.
A UEFA vai aumentar o padrão de exigência a nível financeiro e ameaça excluir os clubes que não tenham as contas em dia das competições europeias. Uma ideia que parece agradar à maioria dos clubes ingleses que, além das diretrizes da UEFA, querem também ficar submetidos a um controlo financeiro da própria liga inglesa, com base nas mesmas premissas.
Além desta proposta, foram ainda apresentadas outras que podem vir a condicionar, e muito, o modo de atuar dos clubes ingleses, como a imposição de um teto salarial para os jogadores e garantias de contrato para os proprietários e dirigentes. Qualquer uma destas propostas precisa da aprovação de 14 dos 20 clubes para vir a ser aplicada nas próximas temporadas.
A imposição de um regulamento de «fair-play financeiro» semelhante ao da UEFA deixou Dave Whelan, presidente do Wigan, entusiasmado. «Acho que todos os clubes têm o desejo de, pelo menos, romper com o passado», destacou o dirigente, citado pela «Sky Sports».
A questão do teto salarial vai ser mais complicada de aplicar, devido a barreiras legais, mas os clubes colocam a possibilidade de aplicar restrições à percentagem que cada clube pode acrescentar à sua folha salarial por ano.
No que diz respeito às garantias contratuais, a liga quer que os proprietários dos clubes fiquem responsáveis pelo pagamento dos salários dos jogadores que contratem nos respetivos mandatos, mesmo que, entretanto, abandonem os cargos.
Inglaterra
15 nov 2012, 16:43
Premier League prepara fair-play financeiro próprio
Clubes estudam ainda a possibilidade de impor limites salariais
RG
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