A Liga Premier avançou com várias propostas numa reunião de mais de quatro horas com os representantes dos vinte clubes do primeiro escalão do futebol inglês, entre as quais destacam-se a introdução de um regulamento de «fair-play» financeiro próprio, independente do que a UEFA está agora a começar a aplicar.
A UEFA vai aumentar o padrão de exigência a nível financeiro e ameaça excluir os clubes que não tenham as contas em dia das competições europeias. Uma ideia que parece agradar à maioria dos clubes ingleses que, além das diretrizes da UEFA, querem também ficar submetidos a um controlo financeiro da própria liga inglesa, com base nas mesmas premissas.
Além desta proposta, foram ainda apresentadas outras que podem vir a condicionar, e muito, o modo de atuar dos clubes ingleses, como a imposição de um teto salarial para os jogadores e garantias de contrato para os proprietários e dirigentes. Qualquer uma destas propostas precisa da aprovação de 14 dos 20 clubes para vir a ser aplicada nas próximas temporadas.
A imposição de um regulamento de «fair-play financeiro» semelhante ao da UEFA deixou Dave Whelan, presidente do Wigan, entusiasmado. «Acho que todos os clubes têm o desejo de, pelo menos, romper com o passado», destacou o dirigente, citado pela «Sky Sports».
A questão do teto salarial vai ser mais complicada de aplicar, devido a barreiras legais, mas os clubes colocam a possibilidade de aplicar restrições à percentagem que cada clube pode acrescentar à sua folha salarial por ano.
No que diz respeito às garantias contratuais, a liga quer que os proprietários dos clubes fiquem responsáveis pelo pagamento dos salários dos jogadores que contratem nos respetivos mandatos, mesmo que, entretanto, abandonem os cargos.