Ânimos exaltados na Marinha Grande. O caso não é inédito, mas, esta sexta-feira, ultrapassou todos os limites. A relação tensa entre Jô e o director desportivo da U. Leiria aqueceu de tal forma que o jogador chegou a persegui-lo em pleno estádio. Pelo meio, ainda agrediu verbalmente Manuel Cajuda, que tentava acalmar as coisas. Obviamente, foi suspenso e proibido de frequentar as instalações.

«O meu problema é apenas com o Rodolfo Vaz. É um cara complicado. O meu contrato vai até 2014, prometeram vender-me para aqui e para ali, e nada. Também disseram que iam trazer a minha noiva, e não cumpriram. Ele vivia enchendo o meu saco! Dizia que eu ia para noite, que era bandido. Há uma altura em que uma pessoa não aguenta. Ai, esta manhã, eu parti para cima dele!», conta o jogador ao Maisfutebol.

«Não houve agressão física, apenas verbal. Eu disse-lhe que se continuasse a chamar nomes à minha família, ia dar-se mal. Então, ele fugiu. O treinador tentou acalmar-me e eu acabei por insultá-lo também, mas quero pedir-lhe desculpa. Não tenho nada contra ele. Perdi a cabeça. Sou mesmo assim», acrescentou, garantindo que pediu desde logo a rescisão e solicitou apoio jurídico ao sindicato de jogadores.

Jô não cala a indignação. «Eles não me pagam há dois meses e ainda ficam exigindo? A vigiar-me, para ver onde vou e onde não vou? O que é isso? Nunca tal vi. Parece um clube amador. Estas coisas só destabilizam a equipa. Eu vou embora. Há clubes que me querem em Portugal e no Brasil. O Bartolomeu [presidente da SAD] dá-me a rescisão mas não quer pagar. Quer é receber.»

Jô é apenas mais um nome de entre os vários jogadores que já foram alvo de procedimentos disciplinares por parte da U. Leiria ou saíram depois de acesa polémica. Só esta época já deixaram o clube NGal, Paulo Sérgio, Maikon, Diego Gaúcho e Erichot, entre outros.