Carlos Queiroz comentou os gestos e a reação para o banco coreano depois da vitória (
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), em Seul, que qualificou o seu Irão para a fase final do Campeonato do Mundo. O selecionador não viu nada de anormal na sua atitude, ao contrário do que aconteceu em torno da estadia da equipa iraniana na Coreia do Sul.

«O gesto ofensivo é a interpretação de algumas pessoas, é um caso que para nós não tem peso nenhum. Espero que não tenha mais nenhumas implicações porque o camping que fizemos não foi um camping fácil. Vivemos um ambiente hostil e pouco apropriado, uma linguagem bélica, de sangue, vingança... Foi um pouco surpreendente e ficámos todos um pouco chocados com o ambiente que encontrámos lá, inclusive depois do jogo. Não havia espaço para festejarmos assim que o apito final soou, que era um momento histórico para a equipa e a seleção do Irão. As reações por causa daquele período de instigação, intimidação do público, foram um pouco anormais. Conheço bem a Ásia, conheço o futebol do Japão e Coreia. Não é normal assistir áquela reação, uma linguagem gestual muito ofensiva, por todos lados, sem que houvesse espaço para comemorar, porque havia garrafas, insultos e tentativas de agressões por todos os lado. Um jogador nosso foi violentamente agredido por dois treinadores da Coreia, um outro foi infelizmente atingido por uma garrafa de cerveja e desmaiou por uns segundos. Queríamos festejar com os coreanos, mas, como se viu, os coreanos não tinham nada a festejar, porque apesar de se qualificarem para o Campeonato do Mundo a única festa que tinham na cabeça era eliminar o Irão. Quando isso não aconteceu ficaram petrificados, mas não é hora de falar nisso. Agora é hora de descansar um pouco, agradecer à federação do Irão a oportunidade de conduzir a equipa neste trajeto e concentrarmo-nos no trabalho, porque a equipa está longe do nível das primeiras equipas do mundo. Temos de trabalhar muito, temos de ter um plano de preparação muito intenso para podermos ter uma competição digna, honrosa e prestigiante», explicou.