O portista Walter envolveu-se numa polémica no Brasil, por causa de umas declarações no final do jogo entre o seu Cruzeiro e o Atlético Mineiro, que terminou empatado a duas bolas.
O Atlético Mineiro vencia por 2-0 ao intervalo, mas a formação de Belo Horizonte conseguiu empatar no segundo tempo, já com Walter em campo, que entrou a substituir Wellington Paulista.
No final do jogo o avançado não segurou as palavras quando lhe pediram um comentário: «A segunda parte foi bem melhor. Vimos que a equipa deles tem medo de nós. Foi só dar uma pressãozinha que eles pipocaram. Para eles, o resultado foi uma vitória, mas para nós foi uma derrota.»
Walter: «Sei que tenho condições para jogar no Porto»
Quem não gostou das palavras do jogador emprestado pelo F.C. Porto foi Alexandre Kalil, polémico presidente do Atlético. O dirigente não poupou o avançado, ironizando com a sua forma física.
«Quem é o Walter? É aquele gordinho? Ele desmoraliza o preparador físico e o nutricionista do Cruzeiro. É um gordinho. Ele é uma aberração. Só levo em consideração o que o Wellington Paulista e Anselmo Ramon falarem. Esse rapaz eu não levo em conta», atirou.
Já com a cabeça mais fria, Walter voltou a debruçar-se sobre o assunto, tentando explicar as suas declarações iniciais, prestadas ainda à saída do terreno de jogo. «O que eu quis dizer é que qualquer equipa que sofresse um golo naquele momento do jogo ficaria com medo porque o Cruzeiro é uma grande equipa. Estamos muito focados e foi por isso que eu falei que a qualquer momento que marcássemos, o Atlético ficaria com medo», explicou.
O jogo, de resto, não teve polémica apenas em Walter. O ex-benfiquista Roger foi vaiado e provocado durante grande parte do aquecimento. Os adeptos do Atlético Mineiro não pouparam o jogador do rival, fazendo referências ao filme «Bruna Surfistinha», onde a mulher de Roger, a atriz Deborah Secco desempenha o papel de uma prostituta.
Roger não se ficou e levantou seis dedos, lembrando a goleada do último campeonato brasileiro (6-1). E no final do jogo disse que não se importava com as provações: «Eu gosto, levo isso para o relvado como forma de incentivo.»