Jorge Rosário acompanha Fernando Santos há quase vinte anos e recordou alguns capítulos que passou com o agora selecionador nacional ao longo da carreira.

Em entrevista à FIFA, a propósito da nomeação de Santos para o melhor treinador do ano, Rosário revelou também algumas facetas do técnico, incluindo o «azedume» com que fica nas derrotas.

«Ele é um líder nato. Podia dizer, em jeito de brincadeira, que ele é o general e nós, restante equipa técnica e jogadores, os tenentes e os soldados. No campo, ele nunca perde a calma e, além de outras qualidades, é um homem bom», frisou.

Dos seis anos na Grécia, interrompidos pelas experiências no Sporting e no Benfica, Jorge Rosário recorda as dificuldades em aprender a língua e os extremismos dos adeptos.

«No caso do Fernando Santos, ele cedo se tornou um rei. Ele era amado na Grécia, independentemente do clube», afirmou Rosário, recordando um momento conturbado no AEK Atenas, em que o técnico anunciou a sua saída, mas, passados alguns dias, cerca de 3 mil pessoas se juntaram a apoiar a sua permanência, o que acabou por acontecer.

O adjunto disse estar «grato» a Fernando Santos por fazer parte da equipa técnica da seleção portuguesa, e acredita que a conquista do título europeu será suficiente para o «general» vencer o prémio da FIFA.

«Conquistar o Euro como a França, em Paris, foi algo como um sonho. Somos um pequeno país e tivemos de enfrentar os melhores. Nós, como David e Golias, vencemos e Fernando Santos devia ganhar esse título também. Ninguém merece mais do que ele», rematou.