Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações na conferência de imprensa após o empate de Portugal com o Irão (1-1) e o consequente apuramento da equipa das quinas para os oitavos de final do Mundial 2018:

«A grande conclusão deste jogo é que vamos estar nos oitavos de final, que é o que queríamos.

Gostava de dar os parabéns ao Carlos [Queiroz] pelo excelente trabalho que tem feito à frente da equipa do Irão, que é uma equipa extraordinariamente difícil. Provou-o na fase de apuramento e voltou a prová-lo nestes três jogos: é uma equipa que trabalha muito bem e que é muito bem organizada. Nunca sai do jogo, está sempre a trabalhar e a acreditar que é possível.»

Acho que entrámos muito bem, por cima do jogo claramente, e com boa circulação. Depois, o Carlos alterou a partir de um determinado momento e colocou um jogador a marcar homem a homem. O avançado centro do Irão passou a ocupar o espaço do William. Resultou, porque o William começou a correr muito para afastar o adversário. Mas isso criou uns momentos de dificuldade, porque quando perdíamos a bola o Irão ficava em superioridade numérica na zona do meio-campo. Mas conseguimos reequilibrar isso e a partir do momento em que William baixou a equipa voltou a circular bem.

Depois, tivemos o golo de génio do Quaresma. Na segunda parte entrámos a dominar o jogo outra vez, até ao momento da grande penalidade que não concretizámos: faz parte do futebol. O 2-0 teria acabado quase definitivamente com o jogo, mas o 1-0 fez com que o Irão fosse acreditando cada vez mais.

O jogo ficou esquisito, com muita picardia e perdemos o controlo do jogo. A entrada do Bernardo resolveu um pouco isso. Não me lembro de uma grande oportunidade do Irão nessa fase do jogo. Depois fez um golo e acabou por ter uma excelente oportunidade: aí foi um momento de alguma felicidade.

O mais importante nesta fase está feito. Aliás, eu tinha dito que se não passássemos esta fase, seria um fracasso para Portugal: não aconteceu, azar.»