A seleção perdeu, no sábado, o segundo de três jogos de preparação para o Euro 2024. No Jamor, Portugal foi derrotado por 2-1 pela Croácia e a exibição deixou muito a desejar, a dez dias do primeiro jogo na fase de grupos, na Alemanha.

Depois do triunfo por 4-2 ante a Finlândia, em Alvalade, Portugal teve uma primeira parte de nível indesejável, melhorou logo a abrir a segunda depois de quatro substituições e com Nélson Semedo e Diogo Jota – ambos saídos do banco – a fabricarem o 1-1, mas a Croácia chegou mesmo ao golo da vitória. E a verdade é que o desaire só não teve outros números porque Diogo Costa se exibiu a bom nível com várias defesas difíceis.

É natural que os adversários são diferentes, as opções de Martínez também o foram – mudou sete jogadores no onze inicial, de Alvalade para o Jamor – mas o teste teoricamente mais exigente com a Croácia revelou mesmo sê-lo na prática. E deixa várias questões no ar, sobretudo quanto ao que pode Portugal fazer quando enfrentar seleções da elite europeia no Euro 2024.

Olhando aos dados e ao que fez com a Croácia em relação ao jogo com a Finlândia, o (quase) tudo que fez de bom contra os finlandeses, não conseguiu em tanta medida com os croatas. Por outro lado, e se é verdade que Portugal sofreu dois golos de rajada contra a Finlândia, houve dados mais negativos contra a Croácia do que em Alvalade.

Com a ajuda do Sofascore, parceiro do Maisfutebol, um comparativo dos dois jogos mostra que Portugal rematou mais contra a Finlândia e também teve mais oportunidades nesse jogo. Contra a Croácia, sofreu e permitiu mais remates e teve menos grandes oportunidades de golo. Aspeto idêntico de Portugal foi a proporção na eficácia ofensiva nos dois jogos. E também no rácio de grandes oportunidades/golos marcados pelo adversário: 50 por cento.

Por outro lado, de forma individual, Diogo Costa – figura da seleção ante a Croácia, para o Maisfutebol – acabou por ser decisivo para que os números do resultado no Jamor não fossem piores. Claro que Portugal podia ter marcado mais do que um golo. Mas esteve bem mais perto de sofrer mais de dois. Modric e Budimir bateram o guardião luso, mas cinco defesas (quatro delas dentro da área) mostraram a importância que o provável titular da seleção na Alemanha teve.

Resta um último teste a Portugal, contra a República da Irlanda, em Aveiro, na terça-feira (19h45) para afinar estratégias antes da partida para a Alemanha. Um jogo que já deve ter Pepe, Rúben Neves e Cristiano Ronaldo em campo.