Entre 24 de novembro e 15 de fevereiro, o Sporting sofreu apenas três golos.

Em dez jogos, os leões só foram batidos pelo Arouca (e apesar disso ganharam) e pelo Benfica, duas vezes.

Nessa fase, o Sporting ganhou quase sempre e fê-lo a partir da defesa, da segurança em redor de Rui Patrício. Essa fase começou em Guimarães, com o golo tardio de Slimani, e parece ter chegado ao fim frente ao Olhanense, quando a inspiração de Carlos Mané foi suficiente.

Nas duas últimas jornadas, como lembrou Leonardo Jardim, o Sporting marcou seis golos. Lamentavelmente para a equipa, dois deles foram na própria baliza e apareceram antes dos legítimos. Esse azar consecutivo obrigou o treinador a ir ao fundo do banco procurar as soluções.

E esse foi o lado bom do sofrimento.

Em Vila do Conde reapareceu Carrilo, confirmou-se a utilidade de Slimani e a importância que Carlos Mané já tem no plantel (parece incrível que tenha feito este sábado apenas o décimo jogo na Liga!).

Em Alvalade, frente ao Sporting de Braga, os três suplentes de Vila do Conde foram titulares e nenhum deles desiludiu. Carrillo terá sido o menos entusiasmante, mas cumpriu- Carlos Mané mostrou serviço até no meio, atrás de um Slimani que marcou pela quinta vez na Liga. 

O avançado argelino tem um estilo duvidoso quando recebe a bola longe da grande área. Mas lá dentro, ou nas imediações, é forte. Incomoda, tem sentido posicional e ataca bem a bola.

Tudo somado, Slimani leva cinco golos em 445 minutos de Liga. Um golo por jogo, contas feitas. Muito mais completo, muito mais jogador, Montero já marcou 13 vezes, mas a média é pior: um golo a cada 135 minutos. 

Enfim, a ideia do texto não é elogiar Slimani e na passada duvidar de Montero. A ideia é mesmo sublinhar que Leonardo Jardim ganhou nas últimas semanas novas opções válidas. E isso só pode tornar o Sporting mais forte.