O Barcelona saiu incólume do Vicente Calderón: a formação catalã empatou (1-1) e está agora na frente para vencer a Supertaça de Espanha. Basta-lhe o nulo em casa para garantir o título, aliás.

Apesar do resultado positivo, o jogo esteve muito longe de correr de feição ao Barça. O At. Madrid marcou cedo, num grande golo de David Villa, e defendeu depois com grande agressividade.

A partir daí as coisas ficaram difíceis para o campeão espanhol. Tanto assim, de resto, que ao intervalo só tinham criado meia ocasião de golo: Messi serviu Pedro para um remate que Courtois defendeu.

Era pouco, muito pouco.

Até porque a melhor ocasião de golo da primeira parte tinha sido também do At. Madrid: Arda Turan serviu David Villa para um remate em excelente posição que foi bloqueado. Arda Turan e David Villa, de resto, que já tinham criado pouco antes o golo: o primeiro cruzou, o segundo rematou de primeira e de forma acrobática para um golaço.

O avançado espanhol, que no final do encontro foi saudado efusivamente por vários colegas (Messi não foi naturalmente um deles), dava desta forma uma bofetada de luva branca no antigo clube.

Ora como se dizia o que o Barcelona criou na primeira parte era muito pouco. A equipa teve quase sempre a bola, perante um adversário que defendia com todos atrás da linha da bola e explorava o contra-ataque, mas não encontrava forma de perfurar a barreira dura e agressiva do Atlético.

Ao intervalo Tato Martino mudou e surpreendeu: retirou Messi (uma nulidade, é certo) para colocar Fabregas. Quinze minutos depois trocou Pedro Rodriguez por Neymar, que voltou a ter meia hora (tal como na primeira jornada da Liga) para convencer os céticos.

Não convenceu, mas fez um golo. Com a bola nos pés, Neymar pareceu ser ainda um peixe fora de água e nunca deu ao jogo o que ele precisava: velocidade, criatividade e animação.

No entanto cruzou para um remate perigoso de Alexis Sanchez e surgiu bem a finalizar um cruzamento de Dani Alves ao segundo poste: de cabeça empatou o jogo e salvou o Barcelona.

A segunda parte mudou pouco o jogo relativamente ao primeiro tempo e, para além do golo de Neymar e do remate de Alexis Sanchez, sobrou apenas um livre de Koke que saiu a rasar a baliza do Barelona.

Outra vez muito pouco.

Sobraram faltas, picardias, muitos cartões amarelos e um jogo demasiado duro para ser agradável.

Arda Turan (no At. Madrid), Iniesta e Xavi (no Barcelona) estiveram apesar de tudo acima da média.

Dentro de uma semana, em Camp Nou, há mais. A segunda mão decide o título e o mundo espera por um jogo mais emocionante.

Ficha de jogo:

AT. MADRID: Courtois; Juanfran, Miranda, Godín e Filipe; Koke (Óliver Torres, 73m), Gabi, Mario Suárez e Arda Turan (Leo Baptistao, 75m); Diego Costa (Cristian Rodríguez, 79m) e David Villa.

Suplentes: Aranzubia, Demichelis, Insúa e Tiago.

BARCELONA: Valdés; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Xavi (Song, 89m) e Iniesta; Alexis, Messi (Fabregas, 46m) e Pedro (Neymar, 59m) .

Suplentes: Pinto, Montoya, Jonathan dos Santos e Tello.

Disciplina: Juanfran (36m), Filipe Luis (39m), Busquets (42m), Mario Suarez (57m), Jordi Alba (65m), Dani Alves (77m) e Neymar (86m).

GOLOS: David Villa (13m) e Neymar (67m).

Veja o vídeo dos golos: