António Simões fazia parte da equipa do Benfica que encontrou o Vitória de Setúbal em finais da Taça de Portugal. O antigo jogador e também antigo responsável encarnado, lembrou a derrota surpreendente que valeu o primeiro troféu à equipa sadina, mas acredita que desta vez o Benfica consegue sair-se melhor.
«Com o Vitória ganhei uma perdi outra», disse ao Maisfutebol. «Na que perdemos entrámos para lá um pouco armados em grandes. Pensávamos que era fácil, havia muita euforia», recordou. «Não estávamos lá muito bem, mas casa jogo tem a sua história. Por vezes ligamos a coisas que têm ou não influência. É como a euforia. Se não ganharem vão dizer que andaram toda a semana a festejar, se ganharem já ninguém vai lembrar-se disso.»
António Simões aprendeu que é sempre preciso não menosprezar o adversário, por isso, lança avisos. «Num jogo da Taça, por maior que seja a diferença de capacidade das duas equipas, a experiência diz que se deve ter alguns cuidados. Acho que é 50 por cento para cada lado», apontou, comparando as finais de 60 com a presente: «Há coisas que vão ser sempre iguais. Falar do jogo em si, da dinâmica, da sua evolução, com certeza que há grandes diferenças, agora em relação ao ambiente continua igual. Há sempre aquela situação do clube pequeno poder agigantar-se, é sempre o mesmo, e daqui a 20 anos estaremos a falar da mesma coisa.»
Nas bancadas é que as coisas serão diferentes. «A bandeira de Portugal está dividida entre vermelho e verde. No estádio não vai ser assim. Vai ser esmagadoramente vermelho e depois verde. Haverá essa moldura, mas o jogo é que vai ditar quem é que vai agitar mais as bandeiras», lembrou.