Esteve no Sp. Braga, acabou no Sporting. Tales Souza foi contratação de última hora dos leões, que o foram buscar ao Internacional de Porto Alegre. O antigo treinador do médio, Osmar Loss, explica ao Maisfutebol que tipo de jogador é este talento de 20 anos, que foi companheiro do portista Walter, no Colorado. A comparação é feita com Diego, ex-F.C. Porto, mas também há aspectos a melhorar.

«O Tales foi meu jogador durante muito tempo, é o futebolista que tem o maior número de convocatórias nas selecções brasileiras, porque ele começou a ser chamado com 12 ou 13 anos», começa por dizer Osmar Loss ao nosso jornal.

«Tem alto talento técnico, muita habilidade, mas no Internacional teve dificuldades na fase final da formação, muito por causa das lesões», continuou o ex-técnico de juniores do Internacional, e que recentemente treinou o Juventude de Caxias. Loss aponta, para já, um primeiro defeito: «Precisa de adaptar-se à estratégia e á táctica do treinador.» Sobre isso, vai falar-se mais à frente.

Os dados de Tales Souza indicam 1,68 metros e pouco menos de 70 quilos. «É um jogador de estatura baixa, mas com força», argumenta Osmar Loss. «Dificilmente o derrubam, porque tem um centro de gravidade baixo e porque raramente sobe a bola, joga-a sempre pelo chão», prossegue o treinador.

Osmar Loss conta que Tales Souza era «companheiro de quarto de Alexandre Pato», mas as comparações ficam-se pelo talento: «São jogadores diferentes, até pela posição. Porém, na habilidade, são iguais.»

Acto contínuo, e uma comparação com um futebolista bem conhecido em Portugal e também na Europa. «Poderia dizer que é um jogador do tipo do Diego, que saiu agora da Juventus, embora o Diego tenha mais força», considerou o treinador, em alusão ao antigo médio do F.C. Porto.

Quando a inteligência atrapalha

Quem também conhece Tales Souza é Walter, o avançado que o F.C. Porto contratou neste Verão. «Jogaram juntos sim, foram os dois meus jogadores», lembra Osmar Loss. «Inclusive, no Brasileiro de 2007, em que fomos vice-campeões, o ataque era constituído por eles os dois, mais o Guto e o Taison, que agora está na Ucrânia», completa o treinador.

Ainda não é altura de falar de Walter (mas aqui é). Por isso mesmo, Osmar Loss concentra-se no reforço do Sporting. «Tales tem uma inteligência muito acima do habitual no jogador brasileiro», indica. «Por vezes, por causa disso, vê as coisas diferentes do treinador», continua, para recordar algo que disse anteriormente: «É por isso que falei na adaptação à estratégia.»

Loss argumenta: «Na Europa, qualquer jogador tem de marcar o adversário. Isso o Tales faz. Mas muitas vezes quer sair da movimentação ofensiva. Conversei muito com ele devido a esse factor. Depois, tem de simplificar. Como tem imenso talento quer sempre caracterizar os lances. Às vezes tem de jogar mais simples.»