Um dispositivo não invasivo de monitorização para diabéticos, um sensor para leituras de água, um motor de agendamento online e um organizador de conteúdos digitais são os projetos finalistas do concurso Building Global Innovators, foi anunciado esta quinta-feira.
Os projetos finalistas do concurso, promovido pelo ISCTE-IUL para distinguir «startup» de reconhecida capacidade inovadora, foram escolhidos entre 97 candidaturas em quatro categorias distintas: Tecnologias da Saúde (Health Tech), Cidades Inteligentes (Smart Cities), Internet e Sistemas de Informação e Outros Produtos e Serviços.
Na área da saúde foi distinguido o GlucoWise (Reino Unido, Portugal e Grécia), um dispositivo não-invasivo que mede os níveis de glicose dos diabéticos através de sensores no lóbulo da orelha.
Esta tecnologia permite controlar com precisão e de forma contínua os níveis de açúcar no sangue e mostrar os resultados no próprio dispositivo ou transmiti-los para um smartphone ou tablet.
Na categoria «Smart Cities» foi premiada a plataforma Watgrid (Portugal, Holanda) de gestão de consumo e qualidade para empresas de distribuição de água, que visa solucionar o desperdício de água potável e melhorar a sua qualidade através da monitorização online.
O Cucco (Brasil), um motor de agendamento online, foi distinguido na categoria Internet e Sistemas de Informação pelo seu projeto de criar um «marketplace» de referência no comércio de serviços de beleza.
Na categoria Outros Produtos e Serviços, venceu a aplicação web MeshApp, disponível para computadores e dispositivos móveis, que permite reunir numa única página o conteúdo e as interações das contas nas redes sociais, feeds de notícias e e-mails.
O júri da quarta edição dos prémios Building Global Innovators, iniciativa promovida pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa em parceria com a Caixa Capital e programa MIT Portugal, atribuiu ainda menções honrosas a projetos de outras quatro empresas.
Os projetos finalistas foram anunciados hoje durante uma cerimónia oficial que decorreu no ISCTE-IUL, tendo sido atribuído um prémio de 100 mil euros a cada um.
As equipas dos quatro projetos têm agora a possibilidade de até fevereiro duplicarem o valor do prémio, sendo escolhida nessa altura, a empresa finalíssima do concurso.
O presidente da Building Global Innovators (BGI), Gonçalo Amorim, disse à agência Lusa que, na escolha dos finalistas, o júri valorizou sobretudo a capacidade de execução dos projetos.
«A capacidade de execução de equipa é o que estamos mais focados em conseguir premiar», disse Gonçalo Amorim, sublinhando que todos os projetos finalistas se distinguiram nesse aspeto.
O presidente da BGI destacou ainda a qualidade das candidaturas recebidas, que, segundo disse, tem vindo a aumentar desde o início do concurso há três anos.
«O trabalho que está a ser feito está a permitir que investidores internacionais comecem a olhar para Portugal de forma séria. Vai permitir a essas equipas integrarem-se em cadeias de valor internacionais e colocar Portugal no mapa-mundo da inovação», concluiu.
A quarta edição dos prémios Building Global Innovators recebeu 97 candidaturas de 418 profissionais oriundos de 17 países.
No total dos três primeiros anos do certame foram apresentadas 287 candidaturas.
Tecnologia
21 nov 2013, 20:12
Medir a diabetes através de sensores no lóbulo da orelha
Este é um dos projetos finalistas do MIT e do ISCTE
Este é um dos projetos finalistas do MIT e do ISCTE
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