A FIFA e a UEFA uniram forças para organizar um jogo de beneficência, sob o lema «Futebol pela esperança», a favor das vítimas do tsunami que devastou a região do sudeste asiático no final de Dezembro. As duas entidades pretendem juntar os protagonistas da modalidade em duas equipas lideradas por Ronaldinho, eleito melhor jogador de 2004 pela FIFA, e Shvechenko, Bola de Ouro em 2004, numa partida que terá como palco o Camp Nou, em Barcelona, no próximo dia 15 de Fevereiro.
A equipa de Ronaldinho será orientada por Carlos Alberto Parreira, antigo seleccionador do Brasil, e Frank Rijkaard, treinador do Barcelona, enquanto o conjunto liderado por Schevchenko contará com Marcello Lippi e Arsène Wenger como técnicos.
As receitas do jogo serão oferecidas na sua totalidade ao Fundo de Solidariedade Tsunami, formado pela FIFA e pela Confederação Asiática de Futebol, enquanto o Barcelona fornece o seu estádio sem exigir quaisquer contrapartidas. «Tal como todas a comunidade internacional, a família do futebol está determinada a fazer tudo o que é possível para ajudar as pessoas e as federações dos países que foram afectadas pela terrível tragédia do tsunami», destacou Joseph Blatter, presidente da FIFA.
Lennart Johansson, presidente da UEFA, juntou-se ao seu homólogo suíço nas palavras de apoio e solidariedade. «A tragédia que assolou as nações junto ao Oceano Indico provocou um movimento de solidariedade sem precedentes em todo o mundo. A comunidade do futebol tem o dever de fazer parte desta esmagadora demonstração de união humana», destacou o dirigente sueco.
Ronaldinho e Shevchenko também corresponderam de imediato e de forma entusiástica à proposta da FIFA e da UEFA. «Tal como em todo o mundo, o desastre do tsunami teve um impacto terrível sobre nós. As vítimas precisam desesperadamente da nossa ajuda. O futebol é um jogo que oferece momentos de paixão, beleza e alegria. Nesta altura, estas coisas são difíceis de encontrar nas áreas atingidas. Nós não hesitámos em dar a nossa ajuda ao jogo Futebol pela Esperança», referiram os dois jogadores num comunicado conjunto.
A UEFA anunciou ainda que vai doar 1,5 milhões de euros, a dividir entre a Cruz Vermelha e o fundo de solidariedade promovido pela FIFA e a confederação asiática.