Nuno Assis, jogador do V. Guimarães, admitiu nesta quarta-feira a existência de salários em atraso no clube, mas garante que isso não afecta o rendimento do grupo de trabalho.

«Não, curiosamente não. Vejam que não têm afectado porque fala-se em dois meses, mas é nesta altura em que ganhámos cinco dos últimos sete jogos [para o campeonato]», disse o experiente médio, em entrevista à «Rádio Fundação».

Assis destaca que esta é uma situação rara no emblema minhoto, e acredita que o presidente Emílio Macedo vai resolver a situação: «Se fosse ao contrário as pessoas iriam dizer «não jogam porque não recebem», mas tem acontecido o inverso. Claro que não é fácil para o nosso presidente, porque a crise afecta o país e a Europa, e o Vitória não é diferente. Em sete épocas, tal atraso só aconteceu uma vez, na altura do Pimenta Machado, mas penso que o nosso presidente está a tratar de resolver isso.»

O médio de 34 anos desvalorizou ainda as críticas ao presidente, que considera habituais: «Não me lembro de um presidente de que os vitorianos tenham gostado. Se me disserem um fico contente, porque em tantos anos não me lembro e, pelo que ouço dizer não existe.»

Nuno Assis entende, por isso, que «a única forma de acalmar as pessoas é ganhando». «Quando os resultados aparecem as pessoas andam felizes. Mas os problemas com a direcção têm que ver também com os problemas que o país atravessa», sustenta.