* por Bruno José Ferreira

Figura

Cardozo: Guimarães ajudou o paraguaio a fazer as pazes com Jesus e com os golos. Já não marcava desde 19 de maio, a contar para a última jornada da época passada. Perante o mesmo clube que o fez ficar de costas voltadas com o clube e com o técnico, Cardozo renasce na cidade-berço. Realizou uma exibição esforçada entre Abdoulaye e Paulo Oliveira. Não deslumbrou, é certo, mas teve o condão de carimbar três pontos preciosos para o Benfica num jogo que até nem se estava a adivinhar fácil.

Desilusão

Djuricic: sabe tratar o esférico como ninguém, mas semelhante talento não pode andar desaparecido do jogo em períodos de tempo tão longos. Tem, forçosamente, de pegar no seu engenho e capacidade técnica em cada lance. O Benfica precisa de um Djuricic sempre disponível, pronto a fazer a diferença em todos os momentos. Tem de procurar mais bola, e saiu sem surpresas no decorrer do segundo tempo.

O Momento

Golo Cardozo (minuto 68): lance Confuso na defesa do V.Guimarães, com a bola a parar no fundo das redes. Cardozo aproveitou um pontapé de canto na esquerda do ataque para chutar de forma algo enrolada. Ao tentar fazer o corte Marco Matias parece ter uma intervenção decisiva no lance ao desviar o esférico de Douglas. O «Tacuara» fez-se valer do físico para fazer o remate no interior da área.

Outros destaques:

Fejsa: jogo positivo, mais um, do médio . Foi quase sempre ele a arrumar a casa e a armar o jogo do Benfica na sua primeira fase de construção. Alia a força física à capacidade técnica, ditando o meio campo encarnado de uma enorme versatilidade. O médio sérvio de 25 anos foi um dos pilares da equipa montada por Jorge Jesus pela segurança que demonstrou a defender e pala qualidade que pautou nos lances de construção de jogo.

Luisão: vinha motivado depois de ter apontado um golo à ponta de lança diante do Anderlecht, e voltou a rubricar uma exibição de excelente nível o capitão encarnado. Secou por completo Maazou, que tem dado que fazer às defesas adversárias. Sempre muito atento e sem complicar, não deu veleidades ao avançado do V.Guimarães natural do Níger.

Abdoulaye: calmo e sereno, por vezes dá impressão que até o é em demasia, foi o jogador que esteve mais regular na turma minhota. Ganhou quase todos os duelos individuais com Cardozo, não deu um palmo de terreno ao paraguaio e com a tranquilidade que lhe é característica soube sair a jogar e não se deixou abalar com as incidências do jogo.

Leonel Olímpio: voltou a ocupar o vértice mais recuado do meio campo do Vitória de Guimarães, depois de ver Moreno ganhar-lhe terreno. Rui Vitória perspetivou um jogo mais musculado no meio campo e o capitão não ficou aquém das expectativas. Jogo positivo, pautado sobretudo pelo suor e pela entrega.