José Veiga confirma no seu livro «Como tornar o Benfica campeão» o que foi adiantado pelos meios de comunicação no final da época 2003/04, que precedeu o Euro, e foi depois desmentido: Luiz Felipe Scolari aceitou treinar o clube da Luz como sucessor de José Antonio Camacho antes de os encarnados optarem por Giovanni Trapattoni.
«Chegámos a um acordo total. Luiz Felipe Scolari ficou encantado com o projecto e com as condições. Nesse dia fiquei convencido de que Scolari seria o novo treinador do clube. Havia sintonia de ideias, chegámos a falar de jogadores, discutimos hipotéticos reforços», pode ler-se no livro que será apresentado esta sexta-feira e de que a agência Lusa faz esta véspera uma pré-publicação.
Num livro que conta muito do que envolveu a passagem do antigo empresário e responsável pelo futebol do Benfica pelo clube, Veiga revela também que houve o «objectivo claro» e «uma pressão muito grande para demitir Trapattoni» e que defendeu o técnico italiano «contra as pressões internas, as críticas dos adeptos e até a conspiração de um dos seus adjuntos».
O tema dos treinadores do Benfica promete ser um dos capítulos principais do livro, pois também a saída de Fernando Santos é contada dentro de um «ambiente que foi ardilosamente preparado pelos dirigentes do Benfica para tornar insuportável a continuidade do treinador no clube».