Alexandre Pato, o reforço mais caro de sempre de um clube brasileiro (o Corinthians pagou 15 milhões de euros ao AC Milan pelo seu passe), é natural de Pato Branco, cidade de 70 mil habitantes no sudoeste do estado do Paraná, que já deu ao futebol brasileiro dois grandes jogadores: o guarda-redes Rogério Ceni e o próprio Alexandre Pato.

No caso do atacante do Timão, há o acréscimo de carregar no nome o lugar onde nasceu e viveu até os 11 anos (na foto, ele é o primeiro a contar da esquerda, em baixo).

Mas, conta o «Blog do Timão» do «Terra Esportes», os conterrâneos de Pato estão sentidos com o famoso avançado: «Eu entendo que o Alexandre deveria ser mais presente no dia a dia de Pato Branco», avalia seu primeiro treinador de futebol, Joel Carvalho. »Ele poderia adotar uma creche, montar um instituto... Há tanta criança carente precisando de ajuda por aqui», cobra o treinador.

No Grêmio Industrial Patobranquense, clube onde o atacante atuou por seis anos, o sentimento também é de frustração em relação ao ídolo. «Na última vez em que o Alexandre esteve na cidade, deixou para vir ao clube às 12h30, sabendo que todos os funcionários estão fora, em horário de almoço», comentou um velho conhecido, citado pelo «Terra».

Acusado de desaparecer da cidade natal, Pato costuma publicar fotos do lugar onde nasceu na sua página no Instagram. «Tenho certeza de que o Alexandre não se esqueceu das origens nem dos amigos. Mas imagino que o pai dele é quem acaba  afastando o Pato dessa realidade», comenta Luiz Carlos da Silva, técnico do craque por vários anos.