À saída da sessão desta manhã do julgamento do processo Apito Dourado, Valentim Loureiro mostrou-se «emocionado» com as alegações finais proferidas pelo seu advogado. «Ele recordou o que se passou comigo há quatro anos quando, neste tribunal, fui exibido pela PJ como um troféu de caça».
Valentim Loureiro disse ainda que foi «alvo» do procurador adjunto, que queria inclusive que ele ficasse em prisão preventiva por factos que acabaram depois por ser arquivados, e prometeu «explicar todas essas questões» num livro que vai escrever.
«Havia 18 virgens puras e um clube que comprava árbitros»
O arguido critica ainda a estratégia da acusação, à semelhança do que já tinha sido feito no tribunal pelo seu advogado, nomeadamente as contrapartidas que, segundo o MP foram dadas por Valentim Loureiro a Pinto de Sousa pela nomeação dos árbitros. «As eleições para o conselho de arbitragem eram daí a três anos, de que adiantava eu prometer-lhe apoio?», questionou o major, que desvalorizou também a tese de que desse a Pinto de Sousa «acesso aos corredores do poder». «À última hora disseram que eu lhe arranjei aquela viagem em 2004 como contrapartidas para as coisas que ele fez por mim antes. Isso é inqualificável», adiantou.