O Tribunal de Justiça da União Europa considerou legitimas as restrições a apostas online em Portugal, dando assim razão à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que detém o monopólio, no litígio com a Bwin. Em reacção, o presidente da Liga defende uma mudança na legislação nacional
«É um processo que vem já do início do aparecimento da Bwin, que foi inclusivamente patrocinadora principal da Liga e deu o nome à competição. Essa empresa é o principal patrocinador do Real Madrid e esta a fazer um fortíssimo investimento em Espanha, fruto da evolução legislativa que ocorreu nesse país», afirmou Hermínio Loureiro em declarações à RTP.
O dirigente apela ao acelerar do processo de legislação sobre apostas online: «Infelizmente no nosso país esse caminho está a ser feito de forma muito lenta. As casas e os operadores no mercado utilizam os nomes do clube, jogadores, emblemas e a Liga e as equipas não tem nenhum lucro. Essas mesmas operadoras não pagam impostos em Portugal e não geram receita.»
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A reacção da Bwin vai também no sentido de actualizar a legislação existente. «O ultra-rápido desenvolvimento tecnológico provocou um vazio jurídico» no sector das apostas, defende a empresa.
Na Liga portuguesa 11 clubes são patrocinados por outra casa de apostas, a Betclick, acordo que também pode estar em risco com esta decisão. A Lusa cita uma fonte da U. Leiria, um desses clubes, a exortar à greve perante esta decisão.
O P. Ferreira, por seu lado, apela ao bom senso. «Acreditamos que a empresa de apostas está habilitada a fazer o que faz, mas, mais importante ainda, é haver bom senso de todos na resolução deste caso. Estamos a falar de verbas interessantes, que nos ajudam e fazem muita falta», afirmou Fernando Sequeira, presidente do clube.