Pedro Proença está entusiasmado com a chegada do 5G e acredita que vamos «consumir o futebol de forma absolutamente distinta e diferente». Para o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a inovação tecnológica é algo que já vem de trás na instituição e no desporto: «Desde 2015, quando iniciámos esta árdua tarefa de revitalizar a Liga, o nosso trabalho começou por um grande investimento em toda a área digital.»
As vantagens do 5G para o futebol são claras, desde logo «o aparecimento destes novos estádios inteligentes», destaca Pedro Proença, que vão melhorar «a forma como vamos a um espetáculo desportivo», através da «apetência que nós temos de utilizar os smartphones, toda esta tecnologia, que acaba por ser complementar àquilo a que vamos assistindo ao vivo». E de forma a atrair novos públicos, «a possibilidade de termos o acesso à informação em tempo real faz toda a diferença para ter interesse ou não por esta atividade, que é o futebol».
A velocidade das comunicações em 5G, mesmo num estádio cheio, e a possibilidade de ter acesso a imagens de várias câmaras e estatísticas instantâneas, são fatores determinantes para os adeptos. Mas o presidente da Liga prevê vantagens «em todos os stakeholders que se envolvem dentro do espetáculo». Para Pedro Proença, treinadores e equipas técnicas só têm a ganhar com «o acesso à informação em tempo real, dentro do próprio jogo». E graças à latência do 5G, a videoarbitragem vai continuar a ter «um papel absolutamente preponderante, pela fluidez de comunicação».
O presidente da Liga acredita que a quinta geração móvel também vai ajudar à «reestruturação e reorganização económica» da indústria do futebol, numa altura em que os clubes ainda enfrentam as restrições causadas pela pandemia de Covid-19. Pedro Proença vê nas inovações tecnológicas da conectividade 5G «um conjunto de potencialidades que pode aportar aos clubes uma nova dimensão económica que até hoje não tinham». Muito graças à «aposta que os operadores fizeram, nomeadamente a NOS, para que o futebol pudesse ser consumido de forma diferente», reforça Pedro Proença: «Vai ser uma marca de água completamente distinta do futebol num passado recente.»