Robert Harting tornou-se famoso não por ter ganho o ouro olímpico no lançamento do disco, mas pela festa que fez a seguir. O alemão rasgou a camisola, pôs a bandeira alemã pelas costas à super herói, numa imitação do «Incrível Hulk», e desatou a saltar sobre as barreiras que estavam na pista, preparadas para a final dos 100m. Foi a melhor celebração dos Jogos, mas não acabou aí. Nem por sombras.

Depois do «show» no Estádio Olímpico, este Hulk - não confundir com o avançado do FC Porto, que está nos Jogos Olímpicos com a seleção do Brasil - foi festejar. Muito se tem falado dos dias loucos da aldeia olímpica, onde há festa e sexo a rodos. O que já foi admitido por vários atletas, a começar pela guarda-redes norte-americana Hope Solo, que aliás se sagrou nesta quinta-feira campeã olímpica.

Na maior parte dos casos depois de terminarem as suas competições (é o que eles dizem...), os atletas deixam sair a pressão e descontraem. Além da questão do sexo, assente em factos - em Londres já foram distribuídos na aldeia olímpica 150 mil preservativos, numa competição que tem 10500 atletas -, há festas, noitadas e álcool. Os responsáveis do Comité Olímpico tiveram mesmo que vir apelar à moderação no consumo de bebidas alcoólicas, depois de vários atletas terem aparecido, na imprensa ou nas suas páginas nas redes sociais, visivelmente embriagados no meio de uma festa. Foi assim com Bradley Wiggins, o ciclista que venceu no Tour e em Londres.

Quanto às noitadas, acontecem muitas vezes também fora da aldeia olímpica. Foi assim com Robert Harting, que decidiu sair para festejar com a família e amigos num barco ancorado no Tamisa. A meio da noite, percebeu que lhe tinha desaparecido a camisola, e a acreditação. «Revistámos o barco, mas não os encontrámos», contou ao jornal inglês «Metro».

Às cinco da manhã, decidiu apanhar o Metro e voltar à aldeia olímpica. Mas uma vez lá chegado, como não tinha a acreditação, não o deixaram entrar. Harting, qual super herói, não se atrapalhou. Deitou-se ali mesmo, no chão, e ali ficou: «Eram seis da manhã e precisava de dormir. Por isso dormi no chão.»