Jornalistas foram agredidos por adeptos do Boavista, na passada segunda-feira à tarde, depois de um treino dirigido por Jesualdo Ferreira e onde estiveram presentes João Loureiro, presidente, João Freitas, director do futebol, além de outros responsáveis do clube. As agressões começaram numa rua junto ao complexo desportivo do Boavista e terminaram no local onde estava o porteiro do parque de estacionamento do Bessa. O caso foi amplamente noticiado.
1. Se eu fosse presidente do Boavista, e um homem de bem, teria de imediato procurado saber o que se passou.
2. Se eu fosse presidente do Boavista, e um homem de bem, teria de imediato telefonado aos jornalistas em causa. Para demonstrar a indignação pelos actos cometidos por adeptos do clube que dirijo. E para me colocar à disposição para todo o apoio necessário.
3. Se eu fosse presidente do Boavista, e um homem de bem, teria de imediato informado as autoridades, dando conta do sucedido. Obviamente estaria disponível para tudo o que entendessem necessário e que pudesse auxiliar a identificação (e punição) dos agressores.
4. Se eu fosse presidente do Boavista, e um homem de bem, emitia um comunicado, que enviaria às redacções e colocaria no site do clube, condenando de forma clara e inequívoca agressões que mancham o nome do clube.
5. Se eu fosse presidente do Boavista, e um homem de bem, abriria de imediato um inquérito interno com vista a apurar quatro coisas: quem são os agressores? Estão ligados ao clube? Pertencem a alguma claque, organizada ou não, do Boavista? Mantêm algum tipo de relação com dirigentes ou funcionários do clube? Os resultados seriam devidamente publicitados.
Felizmente não sou presidente do Boavista, mas considero-me um homem de bem. Assim sendo, cabe-me enquanto director de um órgão de informação dizer aos leitores que é revoltante lidar com situações como a que jornalistas viveram no Bessa. É um atentado à integridade humana, e à liberdade de expressão, que não podemos obviamente tolerar.
Uma vez que aos jornalistas não cabe aplicar a justiça, resta-nos garantir aos leitores (afinal, também eles agredidos no seu direito de ser bem informados) que tudo faremos para levar este caso até ao fim. E o fim só pode ser um: conduzir à justiça os autores de tão cobardes agressões.
O jornalista do Maisfutebol agredido no Bessa apresentou queixa na polícia e recebeu tratamento hospitalar. Aqui daremos conta de todos os passos.