Balotelli, outra vez ele. Que aprontou agora o imprevisível avançado da seleção italiana e do AC Milan?

Convocado para a Taça das Confederações (prova que se inicia no próximo dia 15, no Brasil), Balo foi acusado de ter integrado a mafia italiana Camorra, por alegada associação ao tráfico de drogas.

O caso irritou o seleccionador, Cesare Prandelli. O líder da «squadra azurra» garantiu que tudo não passou duma brincadeira. Balotelli admitiu a visita ao grupo em Nápoles, mas apenas por curiosidade.

Armando De Rosa, membro da Camorra, declarou em depoimento que Balotelli esteve integrado no grupo a fim de observar como drogas como cocaína e heroína são produzidas e negociadas no bairro de Scampia. Ao perceber que o produto seria entregue a um comprador, teria questionado se também poderia vender.

Há cerca de dois anos, Balotelli chegou a depor em tribunal, na sequência da visita a esse bairro e sustentou a versão de que o foi conhecer apenas por curiosidade.

Balo terá visto um filme em que se retratava a realidade da Camorra e teve curiosidade: «Foi um pequeno passeio com alguns amigos, nada de especial houve. Não tenho nada a ver com tráfico, odeio drogas. É uma mentira incrível e vergonhosa», classificou depois do treino da Itália, na passada quinta-feira.

«É intolerável como tentam colocá-lo dentro de todas as situações. Não posso imaginá-lo negociando drogas nem como uma piada», comentou, irritado, Prandelli. «Balotelli tornou-se tão popular que precisa avaliar cada coisa que faz e escolher cuidadosamente com quem passa o tempo. A visita foi feita por curiosidade de criança. Tudo já foi esclarecido ao juiz», acrescentou.