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Primeiro os factos: o F.C. Porto tem esta noite (19.45 horas) no Mónaco uma noite histórica, à oportunidade rara de ganhar uma prova europeia junta o estímulo de jogar com a melhor equipa do mundo. É por isso uma noite grande para os azuis, daquelas que pedem o melhor que se tem para dar.

Mas não é uma noite história só para eles: é-o também para Guardiola. O treinador pode frente ao F.C. Porto marcar para sempre o futebol catalão, ultrapassando em números de títulos o mítico Cruijff. Será a emancipação completa desta equipa, a descolagem do passado, o grito de afirmação total.

Ora por isso a Supertaça Europeia tem mais para dar do que um jogo promissor entre duas equipas de ataque. Mas tem também isso, ou acima de tudo isso. Perante o olhar do mundo, Barcelona e (sobretudo) F.C. Porto podem fazer uma declaração de talento que imponha o respeito admirado do futebol.

É verdade que este não é o F.C. Porto que arrebatou a última época, falta-lhe antes de mais o timoneiro Villas-Boas, falta-lhe também a referência de área Falcao e falta-lhe também o corredor de fundo que é Álvaro Pereira. Mas continua a ter Hulk, Moutinho e o sonho de ser igual ao que foi no passado.

Esta é uma oportunidade para calar os mais cépticos. Nesse sentido Vítor Pereira já prometeu que não ia mudar a identidade. Os últimos jogos de Mourinho, e até uma declaração de Villas-Boas, mostraram que a melhor forma de parar este Barça passa por pressionar à frente: foi o que o Porto sempre fez.

O desafio, claro, é exigente. O Barcelona tem sido uma pedra no caminho portista, que já não vence os catalães em jogos oficiais (o que exclui a inauguração do Dragão) desde 1985: há mais de 25 anos. Em todos os confrontos, o F.C. Porto venceu três e perdeu quatro. Foi eliminado três vezes e passou uma.

Indiferente a isso, Guardiola carregou nos elogios e avisou os jogadores do Barça que deviam estar preparados para sofrer. O F.C. Porto, disse, sabe o que faz: quando sobe no terreno, ataca para causa dano. É isso que se espera de um teórico menos favorito, e também por isso é um jogo à medida de Hulk.

Boa parte das atenções portistas vai estar aliás em cima do brasileiro: até que ponto está pronto para desequilibrar a melhor equipa do mundo? Este jogo, um grande jogo, o maior jogo que o F.C. Porto pode ambicionar, exige também um grande Hulk, o melhor Hulk que o futebol pode ambicionar.

Mónaco está pronto. Este pedaço de terra abençoado pelo criador, onde o verde da montanha reflecte num azul intenso do mar, encheu-se de figuras do futebol, de glamour, de carros, iates e expectativas. É um cenário de filme, verdadeiramente. Só falta o super-dragão para encher. Venha ele.

Equipas prováveis:

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Fucile; Souza, Guarín e João Moutinho; Hulk, Kléber e Varela.

Suplentes: Bracali, Otamendi, Fernando, Belluschi, Defour, Djalma e Cristián Rodríguez.

BARCELONA: Valdés; Daniel Alves, Mascherano, Abidal e Adriano; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro Rodriguez, David Villa e Messi.

Suplentes: Oier, Keita, Maxwell, Fontás, Thiago Alcântara, Alexis Sanchez, Fabregas, Dos Santos, Cuenca e Bartra.

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)