Cumpriu-se a tradição em Aveiro, com mais um empate, o quarto consecutivo nas últimas quatro ocasiões em que estas duas equipas se encontraram na cidade dos ovos moles. A divisão pontos acaba por assentar bem àquilo que ambos os lados mostraram em jogo, mas torna-se mais penalizador para os de Vila do Conde, que viram o Nacional fugir-lhes, rumo à Europa, nesta jornada.

Curiosa imagem no início da partida, com ambos os técnicos em fato de treino, talvez por imperativos climatéricos (chuva sempre a ameaçar), mas certamente uma indumentária bem apropriada ao dia do trabalhador, comemorado este domingo.

O Beira Mar abriu o marcador ainda dentro do quarto-de-hora de jogo, logo no primeiro canto do encontro. Uma lição de eficácia depois de um par de tentativas, tímidas, mas que serviram para marcar território perante um Rio Ave ainda perro em matéria de contra-ataque.

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Quando se esperava que o golo pudesse despertar as equipas para uma maior qualidade de jogo, assistiu-se precisamente ao inverso. A contenda passou a fazer-se, essencialmente, de luta num relvado cada vez menos propício aos artistas. O Rio Ave tomou conta dos acontecimentos, aproximou-se da baliza de Rego, mas lutava contra um mar de pernas na zona de finalização.

As melhores jogadaa de ataque voltaram a pertencer aos da casa, agora a explorar o contra-golpe, em especial um lance de grande qualidade entre Tatu e Wilson Eduardo, a que Paulo Santos pôs cobro com uma defesa apertada para canto. Carlos Brito tinha muito que fazer ao intervalo.

Tarantini relança a partida

Não sabemos o que terá dito à equipa o técnico vila-condense mas a verdade é que resultou em cheio. Pese a entrada mais determinada dos aveirenses, o empate surgiu na primeira descida da equipa dos Arcos à baliza da casa.

Yazalde forçou Rui Rego a defesa incompleta e Tarantini recolocou o jogo na casa de partida. Logo a seguir, João Tomás falhou a reviravolta no marcador por um triz. Estava de regresso o entusiástico Rio Ave das últimas jornadas!

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Nova inversão no paradigma do jogo, novamente com os aveirenses a esticarem-se no campo, especialmente acutilantes lá na frente, graças a um trio de «baixinhos»: Tatu, Artur e Wilson Eduardo. Equilíbrio de forças, partida dividida, emoção e incerteza no resultado. Finalmente, alguns motivos para vir ao futebol.

Pena foi que essa fase não tivesse durado até final do encontro. À medida que as equipas começaram a perceber que um empate não era mau de todo, a intensidade foi baixando e a divisão de pontos pareceu agradar a ambos os lados.

Artur e Yohan ainda tiveram ensejo de garantir os três pontos, mas a falta de pontaria no primeiro caso, e o acerto de Paulo Santos no segundo, deixaram tudo na mesma. Bom final da turma da casa, ainda assim num resultado que soa a justiça...