Luisão
Recuemos uns anos. Até 2005. O jogo era com outro Sporting mas do outro lado também estava o titular da selecção nacional, na baliza. Uma bola parada, ao minuto 83, levou a bola para a área onde apareceu Luisão a fazer um golo de extrema importância para o título de campeão do Benfica. Agora, ainda falta muito, a meta ainda está distante, mas o capitão dos lisboetas bem pode ter dado o passo maior rumo à consagração. Luisão aproveitou um ressalto, é certo, mas bateu Eduardo como o fizera com Ricardo há cinco anos. Para além do golo, o internacional brasileiro foi enorme. Gigante mesmo. Matheus ainda lhe colocou alguns problemas, mas o capitão das águias deu o corpo à luta e despachou o que havia. Fosse para a bancada, fosse para um colega, não passou nada. Uma exibição condigna com o grande ambiente que se viveu na Luz.
Fábio Coentrão
Dizem os números que Alan é um dos extremos mais produtivos da Liga. Dizem as exibições que Fábio Coentrão pode muito bem ser o lateral-esquerdo que tanto escasseia no país. Neste sábado, teve adversário complicado, que lhe colocou diferentes problemas pela frente. O esquerdino saiu-se sempre bem, num dos melhores desempenhos da noite, a roçar a nota máxima.
Javi Garcia
Descansou no fim-de-semana frente ao F.C. Porto e recarregou baterias para o duelo com o Sp. Braga. Começou por ver um cartão amarelo, ainda o jogo estava no começo, mas depois foi igual a si próprio. Este espanhol lutou contra guerreiros com tudo o que tinha, acrescido de técnica suficiente para fazer a equipa sair de pressão. Mais importante do que isso, segurou e de que maneira a criatividade bracarense.
Saviola
Com Saviola nunca há «bluff». Sabe-se sempre o que se esperar do argentino, seja quem seja que esteja do outro lado. Peça «pequena», mas importante no Benfica, «El Conejo» já era protagonista antes mesmo de o encontro começar. Dado como condicionado durante a semana, o que se viu foi um Saviola não tão brilhante como já fora esta temporada, mas ainda assim um futebolista que conhece os caminhos para a baliza como ninguém. Teve nos pés o golo mais fácil da época, quando ficou na cara de Eduardo. Atrapalhou-se com a bola e adiou o 1-0 para os encarnados. Depois, de cabeça, causou o segundo lance mais perigoso da equipa, mas, mais uma vez, não festejou. Ficam, porém, os apontamentos de um argentino que eleva a qualidade deste Benfica.
Moisés
Só um grande capitão derruba outro comandante. Moisés teve uma primeira parte de grande esforço, de guerreiro, como se alcunham os minhotos de Braga. Limpou a área, lutou como um gigante frente aos avançados do Benfica e evitou o golo lisboeta. Só mesmo Luisão o deitou por terra, num lance em que a sorte ditou leis. No mais, um desempenho exemplar, como se viu ao minuto 54 em que não teve problemas em meter a cara à bola para suster um remate de Di María. Ainda tentou o golo num lance aos 69 minutos, mas a cabeçada saiu ao lado. Acabou a ponta-de-lança.
Matheus
Mexeu e muito com a equipa. A distância da exibição do brasileiro e a de Rentería é quase como da Terra à Lua. Matheus entrou e trouxe velocidade, vontade, e colocou os dois centrais do Benfica em sentido. A rapidez é a grande arma e desde que pisou o relvado da Luz, o jogo ganhou equilíbrio no que toca ao ataque. Foi uma luta bonita, para se ver e desfrutar, entre Matheus e os compatriotas que estavam no lado contrário.