A figura: Elias

Como correu! À frente, atrás, à esquerda, à direita, em todo o lado estava o nome de Elias. Jogou no miolo, mas esteve sempre a rondar a área como se vê pelas oportunidades que teve. O problema até acabou por ser esse. Jogou demais para falhar tanto. Teve um lance aos 49, depois dois flagrantes: num, Artur negou-lhe o golo, no outro, atirou ao lado quando o topo Norte da Luz já gritava golo. aos 89, mesmo no finalzinho, nova ocasião para bater Artur. O remate saiu à figura do guarda-redes e Elias, que podia ser a grande figura do derby, foi apenas a do Sporting, que teve no brasileiro o melhor jogador, mas também o mais perdulário.

A surpresa: Daniel Carriço

Rinaudo há muito que estava longe do derby e Domingos tinha duas opções: a provável, André Santos, e a outra, Daniel Carriço. Surgiu este último no relvado da Luz, para tentar tapar Pablo Aimar. Deu-se mal quando o argentino teve a bola nos pés, foi ludibriado quase sempre e ficou para trás a olhar para o nome Aimar na camisola encarnada. Enquanto foi tempo de destruir, ou jogar de cabeça, foi aliviando um pouco a defesa. O problema era outro, quando tentava jogar. Por isso mesmo, deu o lugar a André Santos.

Outros destaques

Schaars

Pé esquerdo em descobertas e o direito a assustar o rival. O médio holandês destacou-se no miolo leonino, porque soube estar e, acima de tudo, tentou pôr a bola no chão e servir os colegas. Aos 15 minutos, esteve a centímetros do golo, a passe do compatriota. Mas depois, no 1-0, não venceu Javi Garcia e o espanhol atirou a contar. A nódoa caiu numa das melhores camisolas verdes e brancas, na Luz. Schaars tentou inverter o destino no segundo tempo.

Capel

Dor de cabeça constante, no jogo em que teve o adversário mais difícil até ao momento em Portugal. o duelo com Maxi Pereira foi intensíssimo, como o derby. Na parte final, então, parecia Capel contra o mundo encarnado. Tem fama de fintar com os olhos postos no relvado, mas lá por um canto ele percebe onde estão os outros. Na Catedral que é o Estádio da Luz, ou como lhe chamam, um(a) Capel(a) foi sempre um perigo, por muito que Maxi Pereira se tenha esforçado para conter o espanhol.

Rui Patrício

Sem culpas no golo, esteve em grande nível para manter o Sporting vivo no derby. Aliás, tal como Artur, fez uma defesa enorme, mas ao contrário do guarda-redes do Benfica, não se lhe viu uma falha. A estirada ao tiro de Cardozo foi de um guarda-redes atento ao momento e à importância da partida. Depois, ainda saiu aos pés de Rodrigo e esperou até ao último apito que alguém, na frente, fizesse o empate que ele tanto procurou na baliza.