Não teve o brilhantismo de ontem, mas chegou para cumprir. O Benfica ganhou por 2-0 frente ao Celta de Vigo e conquistou o Troféu do Algarve, com dois golos já no final do encontro.

Ao contrário do jogo frente ao Al Nassr, Roger Schmidt não colocou no 11 inicial algumas das principais peças – jogadores como Di María, Neres, António Silva e até Vlachodimos ficaram no banco.

Houve lugar para o jovem central Tomás Araújo, para Chiquinho e para Samuel Soares, por exemplo.

Mas o que se viu na primeira parte esteve longe de impressionar.

Benfica e Celta jogaram a um ritmo baixo, sem grandes oportunidades de golo – nem motivos de verdadeiro interesse.

O melhor de todo o primeiro tempo talvez tenha sido a defesa de Samuel Soares aos 7 minutos a um remate, dentro da área, de Strand Larsen.

Da parte dos encarnados, o contraste com a excelente primeira parte de ontem, frente ao Al Nassr, era total.

A voracidade atacante, a pressão alta… nada disso se viu hoje.

Para a segunda parte era preciso mudar: Schmidt retirou os 11 titulares e colocou uma equipa totalmente nova.

Entraram Di María, Kokcu, António Silva ou Florentino e os efeitos… foram imediatos.

Os encarnados começaram melhor a segunda parte, com o treinador a aproveitar também para testar Tengstedt a jogar no apoio ao ponta de lança Musa.

O primeiro sinal de perigo surgiu ao minuto 52. João Victor, que tem vindo a ser testado à direita da defesa, fez uma grande arrancada e cruzou para o centro da área.

Musa rematou, mas o guarda-redes do Celta estava atento.

Apesar de o jogo continuar equilibrado, havia melhorias evidentes do lado do Benfica, face à primeira parte.

Aos 83 minutos, surgiu a melhor chance de todo o jogo, até então, para o Benfica. Di María bateu um livre, Lucas Veríssimo saltou mais alto do que todos e cabeceou à trave.

O melhor estava guardado para o final. Corria o minuto 89 quando o árbitro, após consultar o VAR, marcou penálti para o Benfica, por uma falta sobre Tengstedt.

Chamado a converter, Di María não falhou: bola para o lado, guarda-redes para o outro e golo do Benfica.

O resultado parecia decidido, mas ainda haveria tempo, segundos depois, para mais um golo dos encarnados. Musa antecipou-se a um defesa, correu para a área e picou a bola sobre o guardião dos espanhóis.

Estava carimbada a vitória no jogo e no Troféu do Algarve, numa partida em que, não sendo brilhante, o Benfica cumpriu.