Recrutado ao São Paulo, Morato assinou pelo Benfica em 2019. Depois de passagens pela equipa sub-19, sub-23 e equipa B, o brasileiro agarrou um lugar no plantel principal dos encarnados.

A cumprir a quarta época em Portugal, o jovem de 21 recordou a infância difícil que viveu até se tornar futebolista profissional.

«Cresci na favela. Muitas vezes não tinha dinheiro para ir treinar nem tinha o que comer. Saía da escola e ia treinar, ficava o dia todo fora. Estava atrás de um sonho, nunca ganhei um real. E agora estou aqui, a jogar num grande clube como o Benfica», referiu numa visita ao Centro Educativo da Bela Vista, numa reportagem divulgada no Benfica Play.

«Fui atrás de um atrás do meu sonho e hoje estou aqui a construir parte dele. Vamos jogando, crescendo e gostando da coisa. E depois passa de uma brincadeira para ser um trabalho profissional», acrescentou o canarinho em conversa com os jovens do Centro Educativo. 

Acompanhado pelo pai, Morato lembrou as regras que um profissional tem de cumprir, frisando que o futebol «não pode ser levado como uma brincadeira». 

«É o meu ganha pão e não pode ser levado como uma brincadeira. Perdes festas, sair à noite... à sexta-feira não podes sair porque tens jogo sábado, não podes sair ao sábado porque tens jogo domingo. Abrimos mãos de muita coisa», destacou.

O central estreou-se pelo Benfica num jogo da Taça da Liga frente ao Vitória de Setúbal pela mão de Bruno Lage. Convidado a recordar essa noite de inverno no Bonfim, Morato admitiu que «quase não dormiu» na véspera da partida.

«Senti muita pressão, senti, quase não dormi à noite», confessou.

Veja a reportagem: