Beto foi outro dos visitantes ilustres do Estoril Open durante esta segunda-feira. O defesa-central, actualmente no Recreativo de Huelva, volta hoje a Espanha, mas teve tempo para falar sobre a experiência da Liga do país vizinho.
«O início da época não correu de feição, mas agora estou a passar um bom momento e a trabalhar para garantir a permanência do Recreativo de Huelva», começou por dizer. Carlos Martins foi chamado recentemente à selecção, mas Beto evita pensar num eventual regresso. «Estou feliz por terem chamado o Carlos Martins, mas quem eu quero que se lembre realmente de mim são os meus filhos. Obviamente, se houvesse oportunidade...Mas não sou uma opção neste momento, acredito.»
«Para mim, foi importante a chegada de antigos companheiros como o Carlos Martins e Varela, portugueses. Mas, para quem chegou, a minha presença lá também foi importante. Ajudei-os na integração, na adaptação ao clube, ao país, etc. Sporting? No meu caso, sinto alguma saudade. 17 anos não se apagam da vida de uma pessoa facilmente», reconheceu, desejando boa sorte aos leões para o derby com o Benfica na Taça de Portugal: «Ao Sporting, desejo a melhor sorte. Que todos façam um excelente jogo.»
«A diferença é abismal»
Beto falou ainda sobre as diferenças entre o Sporting e o Rec. Huelva: «A diferença é abismal. Cresci muito como jogador, mas também como homem. Estar habituado a lutar pelo título e, depois, passar a lutar pela permanência é complicado, mas fez-me crescer. Há pormenores como não me limparem as chuteiras, por exemplo, mexem com a pessoa.»
O central português tem contrato com o Rec. Huelva por mais duas épocas, mas não descarta um regresso, sobretudo por questões familiares. «O futebol muda muito, dependo do que queremos mais em determinado momento. Portugal? Se tivesse oportunidade, provavelmente aceitaria, mais pelos filhos, não tanto pelo futebol. Regressar ao Sporting? Sim, gostaria», rematou.