Os jogadores do Boavista vão ser postos à venda em hasta pública pelas Finanças por execução de «uma penhora por incumprimento de obrigações fiscais», adiantou esta sexta-feira o semanário Sol, mas o presidente do Sindicato dos Jogadores referiu que esta medida «pode significar zero».
Contactado pelo Maisfutebol, Joaquim Evangelista frisou que esta situação «pode não trazer retorno financeiro» explicando que, independentemente, dos mecanismos que as Finanças têm ao seu dispor para fazer a cobrança ao Boavista, os jogadores têm um papel determinante que pode inviabilizar qualquer negócio.
Refere o Sol que «à excepção de Jorge Ribeiro e Zé Kalanga, os dois mais recentes elementos do plantel, os restantes estarão disponíveis para serem contratados por outros clubes, com o valor do negócio a reverter para os cofres do Estado».
Joaquim Evangelista questionou o «sucesso desta operação», pois, referiu que mesmo «se houver uma terceira parte que adquira o direito de um clube tem de haver ao mesmo tempo a concordância do jogador».
O presidente do sindicato não acredita por isso que os jogadores do Boavista aceitem alterar as suas condições contratuais ou que os outros clubes vão comprar os mesmos jogadores pelas condições que têm no Bessa.
Só «num caso limite» em que um jogador tenha ficado subitamente valorizado Evangelista acredita «num bom negócio» e o presidente do Sindicato acrescentou que esta execução de penhora devia ser acompanhada de explicações da Liga sobre as condições do Boavista para estar a competir quando tem dívidas que estão sobre cobrança.