Kazmierczak, não vai a bem, vai à força
Com o golo do Marítimo, o Boavista assumiu-se e tornou-se melhor. Fê-lo quase sempre com Kazmierczak pelo meio. O polaco esteve em praticamente todas. Por duas vezes serviu Linz em frente da baliza para remates perigosos, ele que antes disso já tinha ameaçado a baliza de Marcos também por duas vezes de cabeça. O golo que marcou chegou com o pé, num livre estonteante.
Marcinho, de outro planeta
O brasileiro caiu no jogo como vindo de Marte. No meio de um futebol feito quase apenas de luta e imensas correrias, Marcinho trazia classe de cada vez que tocava na bola. Mesmo quando se atrapalhava, fazia-o com estilo. Marcou o golo que abriu o marcador, na sequência de uma jogada individual, recuperou imensas bolas e foi sempre uma enorme dor de cabeça para os axadrezados.
Zé Manuel, para o bem e para o mal
Aquele estilo de jogar feito de raiva dá coisas destas. O extremo tanto é capaz de arrancar uma jogada fantástica, como logo a seguir é menino para fazer um enorme disparate. No final o saldo é quase sempre positivo: pelo menos transmite entrega e velocidade ao jogo. Esteve no melhor e no pior. Efectuou, por exemplo, uma excelente jogada em que passou por dois adversários e isolou Linz na cara de Marcos, mas logo a seguir arrancou um remate em boa posição para as nuvens.
Olberdam, trabalho e discrição
Um jogo de muito trabalho e enorme discrição. O brasileiro é daqueles jogadores que até podem passar despercebidos, mas estão sempre lá. Esta noite não terá sido tanto assim, a quantidade de bolas que recuperou deve ter chamado a atenção do mais distraído dos adeptos, mas tão importante quanto essas recuperações foi a riqueza táctica que trouxe ao futebol do Marítimo. Com um excelente sentido posicional e muito esforço, foi um tapão ao jogo axadrezado.