O Pogon, clube polaco que cedeu Kazmierczak e Grzelak ao Boavista, queixou-se à UEFA de falta de pagamento das verbas acordadas pelo empréstimo dos dois jogadores. O médio e o extremo chegaram ao Estádio do Bessa no início da época, com um contrato de cedência com opção de compra por parte dos axadrezados, no final da temporada. Contudo, o Pogon garante que ainda não entrou qualquer verba proveniente de Portugal nos seus cofres.
«O Kazmierczak seria pago em uma só vez, enquanto o Grzelak seria em duas prestações. A verdade é que o prazo já expirou há muito e, como a situação não foi resolvida, entregámos o caso aos nossos advogados», começou por explicar Krzysztof Waszak, presidente do clube polaco, ao jornal «Przegląd Sportowy», acrescentando: «Enviámos todos os documentos relacionados com os contratos para a Suíça, para a UEFA, solicitando a sua intervenção. Estamos à espera de uma resposta. Se não surgir uma solução, um acordo, iremos pedir uma indemnização e fazer regressar Kazmierczak e Grzelak.»
«Uma vez que os portugueses não pagaram o empréstimo, supomos que seria ainda mais difícil comprarem os passes, portanto estamos a avaliar o futuro dos dois jogadores», concluiu o presidente. O proprietário do Pogon, Antoni Ptak, alinha pelo mesmo diapasão. «Estou convencido que, quando a UEFA intervir, os portugueses vão corrigir a situação rapidamente. Mas acho difícil prever o que vai acontecer em Junho. Talvez os dois jogadores regressem ao Pogon. Não será uma tragédia», considera.
Kazmierczak foi ouvido sobre o tema, mas garantiu desconhecer a existência de problemas. «Até agora, não tive conhecimento de problemas entre os dois clubes. Estive de férias vários dias e só posso dizer que o Boavista sempre me assegurou que as obrigações contratuais estavam a ser cumpridas», explicou o médio.
O Maisfutebol entrou em contacto com o Boavista, mas o clube axadrezado garantiu não ter conhecimento das queixas do Pogon. «O Boavista não tem conhecimento de nada a respeito desse assunto. E, neste momento, não tem nada a dizer», disse Frederico Carvalho, director de comunicação.