Sérgio apenas desconfiava, cria que a ausência de Pedro Emanuel lhe podia garantir a titularidade, mas suspeitava que Pacheco ainda se mantinha divido entre ele e Jorge Silva. Tinha, quando muito, 50 por cento de hipóteses de marcar os craques do ataque da Roma. A pequena entrevista que concedeu aos jornalistas portugueses precedia a divulgação do treinador do Boavista. Sérgio queria jogar, Pacheco já se tinha convencido. Batia certo. 

«Se jogar será uma grande responsabilidade, porque o Litos e o Pedro formam uma dupla excelente». O defesa principiava pelo elogio que lhe parecia obrigatório. «Jogam juntos há muito tempo», continuava, eliminando de pronto um estranho encolhimento que as suas palavras pareciam transmitir. «Não estou intimidado. Estes jogos têm um gostinho especial. Motivam-nos!». 

O cenário, de resto, nem é deconhecido. Sérgio jogou na época passada frente ao Borussia de Dortmund, numa das partidas que o Boavista disputou na Liga dos Campeões. «A competição e a situação são diferentes», argumenta com cautela, concordando que o despique de há um ano com Bobic e Herrlich lhe transmitiu ensinamentos importantes, que poderá agora aplicar sempre que se cruzar com Batistuta. «Se o marcar, espero sair vencedor dessa luta específica», remata.