O Ministério Público brasileiro concluiu que houve um desvio de 1,1 milhão de reais (497 mil euros) na faturação do jogo particular entre Brasil e Portugal realizado a 18 de novembro de 2008, em Brasília, em que a seleção orientada então orientada por Carlos Queiroz perdeu por 2-6.

Segundo uma investigação publicada esta sexta-feira pelo jornal «Folha de São Paulo», a empresa Alianto, contratada pelo Distrito Federal para realizar o jogo, agiu com «ânimo fraudulento e má-fé» ao desviar a quantia arrecadada na bilheteira e que deveria ficar para o Governo local.

Segundo o Ministério Público brasileiro, os 497 mil euros em falta foram usados para despesas de decoração, transporte, hospedagem e segurança que, segundo o contrato, eram da responsabilidade da Alianto. A Promotoria pede agora em tribunal que a empresa devolva toda a quantia recebida no evento, 9 milhões de reais (3,9 milhões de euros).

A investigação relaciona o caso com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, pois, segundo a polícia federal, arrendou uma fazenda ao dirigente. A assessoria do presidente da CBF não comenta o caso e diz apenas que Ricardo Teixeira não é alvo de nenhum inquérito ou processo.

A própria CBF nega qualquer responsabilidade no jogo organizado pela Alianto, enquanto o advogado da empresa não comenta o caso.