Pedro Caixinha e Daúto Faquirá, treinadores da U. Leiria e do Olhanense, respectivamente, no final da vitória dos algarvios na cidade do Lis, este domingo:

«Hoje ocorreu o que prevíamos: a única forma que o Olhanense tinha de nos ferir foi como o fez, numa bola parada e numa transição. E foi nisso que tentámos trabalhar ao longo da semana. Somos uma equipa que gosta de assumir o jogo mas estamos em fase de transição, por isso hoje começámos em 4-1-4-1 para chegar de novo ao 4-1-3-2. Depois, tentámos o tudo por tudo e até terminámos em 3-5-2, mas não conseguimos, não tivemos discernimento, em atitude competitiva, e, mais uma vez, fomos traídos pelo bloqueio mental. Mas obviamente, somos os responsáveis por isso. De qualquer forma, a comparar com ano passado, só temos menos um ponto. Há que continuar a trabalhar, sabemos da nossa mentalidade e confiança. Estamos tristes mas a vida não acaba aqui.

[Está difícil fazer os 27 pontos?] Por amor de Deus, se não fizermos 27 pontos até ao final da época... faltam dois pontos! Essa questão roça quase o gozo mas não quero entender dessa maneira. Já nem pensamos nisso. Não façam agora de nós o patinho feio. Somos uma equipa diferente, temos um jogo que não é cobarde, mas jogamos com a iniciativa nos jogos. Mudando jogadores, mudam dinâmicas, mas queremos voltar ao que já fomos.»

Daúto Faquirá (Olhanense):

«Penso que é uma vitória mais do que merecida. Se estivesse surpreendido com este resultado não seria treinador do Olhanense, e não teria dito o que disse na antevisão deste jogo. Disse que vínhamos à procura da segunda vitória fora, e tentar alcançar o Leiria na tabela classificativa, isto apesar de todas as contrariedades que tivemos durante a semana. Mas temos trabalhado bem, a equipa está a melhorar, e o nosso segredo é o trabalho. Neste jogo, o nosso mérito foi a organização, defendemos bem, e, depois, fomos acutilantes a atacar. Conseguimos marcar cedo e isso condicionou os jogadores do Leiria, que pareceram perdidos. Hoje nunca houve dúvidas de quem estava melhor no jogo. E quando há duas forças em confronto, uma faz sempre o que a outra deixa. O Leiria hoje apresentou-se com um esquema e uma forma de jogar diferentes, e nós mantivemos sempre a nossa maneira de jogar. Este plantel dá-me perfeitas garantias, foi isso que sempre defendi. Hoje, jogaram três ou quatro jogadores que não têm jogado, e foi o que vocês viram: uma equipa que ganhou com toda a justiça.»