O treinador do Boavista, Carlos Brito, não tem dúvidas. Pelo futebol produzido no relvado do Estádio do Bessa, os axadrezados mereciam ter vencido o encontro e por mais do que a diferença mínima, considerando, por isso, o resultado totalmente injusto. O técnico lamentou ainda a forma como a sua equipa sofreu o golo do empate.
«Numa análise não totalmente a frio, o resultado não condiz com o que se passou em campo. Direi até, com todo o respeito pelo Marítimo, que nem a diferença mínima se justificaria, quanto mais o empate. No global, fizemos um bom jogo, de grande intensidade, com boas situações para marcarmos, o que não conseguimos por manifesta falta de eficácia. O resultado deixa a sensação de dois pontos perdidos por culpa própria. Há que o assumir, porque a forma como o Marítimo marca, depois de uma bola parada a nosso favor, custa a entender. Parabéns a todos os jogadores pela entrega, mas poderíamos ter controlado essa situação da qual resultou o empate. Estamos todos tristes por termos o pássaro na mão e não o conseguirmos segurar. Custa sofrer um golo naquela situação. Hoje, a falta de eficácia deve-se em muito ao Marcos, guarda-redes do Marítimo, que teve muito mérito. Tivemos pelo menos meia dúzia de situações que se podem considerar de golo. Na segunda parte, o Marítimo não obrigou o Khadim a qualquer defesa, sem querer criticar a forma de jogar do nosso adversário. As distracções custam muito mais a aceitar quando resultam em golo».
Sobre um eventual penalty que ficou por marcar:«Deixo essa análise para vocês. A informação que eu tenho é que há grande penalidade e quando olho para o lance a sensação que me dá é que o Ricardo Silva é agarrado, mas não sei se com a intensidade suficiente. Mas não conquistámos a vitória por culpa própria e não por quaisquer outras razões. Não quero estar aqui com desculpas, como líder quero assumir o erro que cometemos».