O F.C. Porto anunciou esta quarta-feira a contratação de Carlos Eduardo. Trata-se de um médio ofensivo, que joga no apoio aos avançados, com excelente técnica de passe, excelente leitura de jogo e muita inteligência. Para além disso tem um remate forte e é especialista nas bolas paradas.

Esta época, é um facto, Carlos Eduardo nem sempre foi titular. O brasileiro passou aliás grande parte da época como suplente utilizado, mas agarrou um lugar no onze no último terço da época e deu nas vistas ao ponto de justificar o salto para o campeão nacional: foram onze jogos a titular.

OFICIAL: FC Porto anuncia contratação de Carlos Eduardo

Foi de resto a melhor fase do Estoril, que somou sete vitórias, dois empates e duas derrotas. Carlos Eduardo apontou quatro golos nessa fase, fez três assistências e deu nas vistas, por exemplo, no Estádio da Luz, no empate com o Benfica que passou muito pela capacidade de passe do brasileiro.

Dentro de campo, Carlos Eduardo impressiona pela altura: tem 1,84 metros, o que não é normal para um médio criativo. No entanto, é um jogador de futebol no chão, com ótimo domínio de bola e visão de jogo. Raramente aparece em situação de finalização, sendo sobretudo um médio construtor.

A posição no terreno, a forma como domina a bola, a figura alta e ao mesmo tempo elegante, tudo isso faz lembrar Sócrates: o craque do Corinthians e da seleção brasileira que faleceu recentemente. «Dizem que tenho um estilo parecido com o de Sócrates», disse Carlos Eduardo ao jornal Marca.

«Não sei se querem ser simpáticos, mas compararem-me com um jogador dessa dimensão deixa-me feliz. Sou um médio criativo, gosto de jogar atrás do avançado ou como organizador. Em Portugal, mudei a minha forma de jogar, porque evoluí taticamente e participo mais na vertente defensiva.»

Nascido em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, de resto, Carlos Eduardo foi recrutado muito cedo pela Traffic, que o levou para o Desportivo Brasil: o clube controlado pela empresa e que serve como uma espécie de entreposto de craques antes do salto para clubes de maior dimensão.

Do Desportivo Brasil, onde esteve com Xandão, Jardel e Ismaily, o jovem Carlos Eduardo saltou para o Ituano e depois para o Fluminense. Não se deu bem no Rio de Janeiro e passou para o mais modesto Grémio Barueri antes de vir para Portugal. Esteve três anos no Estoril: segue-se o Porto.

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