Antes de irmos mais longe, caro leitor, sugiro que veja o vídeo. Contém o golo da Roma, aos 21 minutos. Protagonistas: um guarda-redes do Chelsea e um avançado da Roma. Desfecho: só visto.



Agora podemos falar do jogo.

Até ao lance que viu, o Chelsea dominava. Sem jogar muito, que o onze de Mourinho também não era para isso. À frente de Essien e Mikel, De Bruyne. Depois três na frente. Pouca imaginação, logo nenhuma oportunidade.

Do outro lado, a Roma desconfiada e fechada sobre si própria. Até àquele momento.

Depois daquilo os italianos cresceram, passaram a ter bola e demonstraram por que são uma das melhores equipas do cálcio, com muita gente sólida e experiente. Ao intervalo, em Wasinghton, o Chelsea perdia e levava para o intervalo 45 minutos sem qualquer raio de luz.

Talvez não por coincidência, Mourinho mudou muito ao intervalo. O guarda-redes, David Luiz (incrível número de passes longos sem sentido, como se jogasse o seu próprio futebol dentro do futebol da equipa), e muitos dos médios e avançados. De facto, nada daquilo funcionara. E não se previa à partida que pudesse funcionar.

O Chelsea pelo menos voltou a ter bola, mas a Roma não se perturbou. Afinal, estava na frente. O jogo continuou, meio aborrecido, a não justificar a noitada de quem ficou a vê-lo.

O empate chegou num lance rápido. Depois de ter ameaçado, Lampard rematou forte, de fora da área, para o golo. A partida abriu e aos 63 minutos o guarda-redes do Chelsea, Balckman, efectuou espantosa defesa após cabeceamento de Osvaldo. Muito bonito.

O Chelsea acabou a experimentar um esquema com Ba e Lukaku na frente, e foi o belga que conseguiu o 2-1, aos 89 minutos. Jogada de Hazard pela esquerda, confusão e o ponta-de-lança a rematar para a baliza. E assim Mourinho venceu um jogo que começou mal, como prova o vídeo no início do texto. Foi o último na América, desta vez em Wasinghton. Deste domingo a uma semana estreia-se na Premier League.