De língua de fora e o batimento cardíaco no máximo, João Almeida mostrou que é um campeão de fibra de segurou a liderança do Giro «na etapa mais dura» já percorrida. O ciclista português chegou ao fim e admitiu ter passado por «um festival de sofrimento». 

«Vou continuar a defender a camisola e vamos ver quão longe posso ir. Sem a equipa, isto não seria possível. São menos de 20 segundos [de margem], mas vou defender-me. Hoje foi um festival de sofrimento para segurar a rosa», desabafou aos jornalistas, após a etapa deste domingo, que acabou com um brilhante quarto lugar, depois de ter feito a última subida completamente sozinho e já sem o apoio dos seus colegas. 

«Retirei o auricular [do rádio] porque estava concentrado em dar o meu melhor. Estava mesmo a fazer tudo o que podia para segurar a camisola rosa. Hoje o Kelderman [Wilco, segundo classificado] foi super, mas não pode ser super todos os dias.»

João Almeida chega ao segundo dia de descanso, agendado para esta segunda-feira, com 15 segundos de vantagem sobre o ciclista holandês. «Ser ainda sub23 e estar há tantos dias na frente do Giro é muito especial. É quase impossível chegar à frente na liderança, mas vou tentar.»