Obrigado por ter seguido a entrevista, caro leitor. Pode ler todos os artigos sobre o que foi dito pelo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, à TVI já de seguida no Maisfutebol.
Pinto da Costa foi entrevistado, esta quinta-feira, no Jornal das 8, por Pedro Mourinho, 20 anos depois da sua última entrevista ao canal.
O presidente dos dragões abordou a questão da venda do naming do estádio do Dragão, para equilibrar as finanças do clube, que se encontra limitado pelo fair-play financeiro da UEFA.
«Estádio com o meu nome? Não gostava. Por isso, gostava de o deixar já com o nome vendido. O nome dava jeito. Se já tiver vendido, não há possibilidade. Já podíamos ter concretizado o negócio. Clubes vão ter necessidade de vender naming dos estádios. No que estávamos a fechar, valia cinco milhões por ano. Neste momento as negociações estão suspensas por causa da pandemia. Tinha conseguido uma coisa: tinha o nome da empresa e o Dragão. Seria Dragão qualquer coisa», revelou.
«Ele não quer ser presidente da UEFA até por questões de saúde. Acho que daria um magnífico Secretário de Estado do Desporto», referiu Pinto da Costa, sobre Fernando Gomes, presidente da FPF.
Pinto da Costa foi entrevistado, esta quinta-feira, no Jornal das 8, por Pedro Mourinho, 20 anos depois da sua última entrevista ao canal.
O presidente dos azuis e brancos falou sobre a sua sucessão na liderança do FC Porto e daquilo que deseja para o futuro do clube, depois de deixar o comando dos dragões.
«Próximo presidente? Alguém que sinta o FC Porto. Rui Moreira é um dos muitos. Não quero interferir na vida dos outros clubes, não quero falar do Villas-Boas porque ainda vamos jogar contra o Marselha. FC Porto não é uma monarquia. Quem manda são os sócios. Isto não é meu, é dos sócios. Sou presidente há 38 anos porque os sócios querem. Nunca vou dar opinião ou apoiar alguém. Os sócios têm de escolher e a pessoa tem de seguir o seu caminho. O pior a que, seria eu dar conselhos. Quero que tenha a mesma paixão que eu, que coloque os interesses do FC Porto acima de tudo e que governe pela sua cabeça. Quero vir ao futebol, não interferir em nada… No dia em que deixar de ser presidente, quero ser apenas adepto do FC Porto», comentou.
«Uma coisa é as pessoas não terem relacionamento, outra coisa são os interesses do futebol. Estive com o presidente do Benfica, do Sporting, da Liga e da FPF numa reunião com o governo. Nas reuniões com os presidentes, tratamos dos assuntos como fazemos com qualquer outro clube. Falamos cara a cara. Falamos nessa reunião com o governo. Antes tivemos reunião na Federação e estivemos a traçar uma estratégica porque estávamos de acordo. Falámos, sem problemas. Foi uma conversa normal. Não tem nenhum problema quando os interesses do futebol, estão acima dos pessoais. Não tenho relação com o presidente do Benfica. São questões pessoais que nada têm que ver com o futebol. Entre as instituições têm de haver uma relação normal. Os dois clubes tratam de coisas em conjunto. Não vamos confundir o presidente do FC Porto e do Benfica com o Jorge Nuno Pinto da Costa e o Luís Filipe Vieira que não se dão. Nem se irão dar, é um assunto fechado», disse quando questionado acerca da relação com o homólogo encarnado.
«Centralismo de Lisboa é um estado de alma do país. Os próprios do Porto quando vão para Lisboa acomodam-se. A descentralização é uma tanga para enganar. A regionalização está na Constituição. Mais do que partido convidou-me. Como entendo que ou se está num clube para defender no clube, mas quem está nos dois… não cumpre uma das suas missões. Era impensável ir para a política, nem tinha jeito. Eu gosto é do FC Porto», sublinhou.
Pinto da Costa foi entrevistado, esta quinta-feira, no Jornal das 8, por Pedro Mourinho, 20 anos depois da sua última entrevista ao canal.
O presidente do FC Porto falou sobre a ligação do seu filho Alexandre ao FC Porto, que garante ser única e exclusivamente a de associado.
«O meu filho foi dirigente do FC Porto há muitos anos. Pediu a demissão porque no FC Porto há um princípio: quem está no ativo, não pode estar na política. O meu filho aceitou um convite para fazer parte de uma lista e foi eleito como vereador da CM do Porto. Não ia ter privilégios por ser meu filho. É sócio há 52 anos, essa é a única ligação que tem ao FC Porto. Tenho uma neta que bateu o recorde: é sócia do FC Porto com 14 minutos de vida. Já tinha cartão com foto e tudo. O meu filho exerce a atividade de empresário de futebol. Faz negócios com muitos clubes, mas connosco não faz negócios», frisou, em relação ao envolvimento do filho no clube.
«Desde que a pandemia começou o FC Porto pagou quase 20 milhões em impostos. Em Itália baixaram 30 e tal por cento os impostos por causa da pandemia. 572 pessoas vivem do salário que ganham no FC Porto», lembrou Pinto da Costa.
«Presidente da República não deixa andar a regionalização. Há a ideia de que critico o António Costa. Quando falo no primeiro-ministro, falo nele… Dá a impressão que não gosto dele ou que tenho guerra com ele. Tenho a maior cordialidade, ainda recentemente o encontrei num restaurante e tivemos uma conversa agradável. É óbvio que não posso estar de acordo com todas as ações. Devemos estar todos unidos. Ele tem feito grande esforço, nem sempre como eu gostaria, para salvar o país. No que é a política do futebol, discordo totalmente», referiu.
«Se tivesse adeptos que me viessem insultar, queria estádio vazio. Refiro-me a qualquer clube ou adepto que tenha medo que os adeptos venham cá insultar. Se houver adeptos que vão ao estádio para insular presidente, adeptos ou jogadores, é preferível ter o estádio vazio. Temos camarotes que são de famílias. A família não pode vir, mas pode estar em casa, ir ao cinema ou ao restaurante. Ninguém compreende. O presidente da Liga e o Dr. Fernando Gomes estão me a acompanhar nesta luta», disse, em relação à ausência de público nos estádios.
Pinto da Costa foi entrevistado, esta quinta-feira, no Jornal das 8, por Pedro Mourinho, 20 anos depois da sua última entrevista ao canal.
O Presidente dos azuis e brancos explicou o papel do FC Porto na transferência do central brasileiro Lucas Veríssimo, que acabou por assinar contrato com os rivais da luz.
«Lucas Veríssimo? Não vem, porque o FC Porto não quis. Tivemos vários centrais em observação, o Lucas foi um deles. No final, o treinador e nós seguimos o seu entendimento, pretendeu ficar com Pepe, o Mbemba, o Sarr e o Diogo Leite que não quis que fosse cedido. Chegou a estar em cima da mesa, se quiséssemos era nosso», explicou Pinto da Costa acerca do interesse no central do Santos.
«Fábio Silva foi bom negócio para os empresários e para o FC Porto. Tinha uma cláusula de dez milhões de euros. Saiu por 40 e o FC Porto ganhou vinte, porque recebeu trinta em vez de dez. É um grande negócio e aí o empresário foi importante», atirou.
Pinto da Costa foi entrevistado, esta quinta-feira, no Jornal das 8, por Pedro Mourinho, 20 anos depois da sua última entrevista ao canal.
O presidente dos dragões abordou a postura do clube no mercado de transferências e explicou alguns dos negócios mais importantes para os dragões, como a saída do lateral Alex Telles.
«Alex Telles? Nunca fico satisfeito quando sai um bom jogador. Não digo pelos valores. Houve uma grande venda que me deixou desgostoso, que foi a do Hulk. E foi um grande negócio. Há momentos em que não temos outra solução. Umas semanas antes, a irmã do Alex, disse-me que ele tinha vontade de sair. Isto foi público. Ele veio acompanhado de outro empresário e pediu para sair e que queria ir para o Manchester. Tentei que ele não fosse e compensá-lo nem que ficasse só até ao final do ano», disse.
Pinto da Costa foi entrevistado, esta quinta-feira, no Jornal das 8, por Pedro Mourinho, 20 anos depois da sua última entrevista ao canal.
Sobre se sente a responsabilidade sobre a atual situação financeira do clube, o presidente garante que sente a responsabilidade de tudo o que acontece no FC Porto.
«Brevemente vamos sair do fair-play financeiro. Temos de ter um equilíbrio entre as compras e a vendas. A questão é mais profunda do que as contas de hoje. Quando se é afastado da Liga dos Campeões como nos aconteceu no ano passado e este ano ao Benfica, ou se aguenta o prejuízo ou se vende um ativo. O treinador diz que perdeu o Ruben Dias por não ir à Champions. Entendemos não vender, para tentarmos ser campeões e fomos. Até conseguimos a dobradinha. E depois fazer as transferências», assumiu.
«Objetivo é melhorar as contas, evidentemente. Não tenho dúvidas que sim. Quando se fala em falência técnica...somos obrigados a apresentar as contas segundo certos parâmetros. Se não tivéssemos essa obrigação… O nosso plantel está por 76 milhões. Neste mês de transações, fizemos 126 milhões. Como é possível um plantel todo, com os craques que continuaram, vale 76 milhões e fizemos 126 milhões?», questionou Pinto da Costa.
Durante os anos na presidência do FC Porto, Pinto da Costa, construiu um novo estádio, um pavilhão e um museu. No entanto, o dirigente não considera que a obra esteja concluída.
«Acho que no FC Porto há sempre coisas para fazer. Ainda agora quando me candidatei diziam-me: 'Fizeste tudo, ganhaste tudo, fizeste um estádio, pavilhão e museu'. E eu disse que não fiz nada. O FC Porto fez e tive oportunidade e honra de estar no clube. Ainda tenho coisas que gostava de fazer como a cidade Desportiva. E gostava que no dia em que sair, o FC Porto estivesse sólido e unido. Tudo o que foi feito é feito por todos», referiu.
«Sabe que costuma dizer-se nunca digas nunca. Já disse que era o último mandato e até já cheguei a dizer que não me recandidatava. E por circunstâncias diversas, problemas que podiam acontecer se saísse porque havia coisas a meio, não vou dizer que é o último ou não. O que me pode levar a sair? Chegar ao fim do mandato e ver que não sou necessário», disse Pinto da Costa.
O presidente portista vai abordar o futuro do clube na Europa, o Dragão e a sucessão numa conversa conduzida pelo jornalista Pedro Mourinho que irá para o ar durante o jornal das 8.