Apesar de ainda não estar «na estrada», o rali Lisboa-Dakar já começa a enfrentar os primeiros percalços. O governo francês, através do porta-voz Laurent Wauquiez, fez saber que avisou os organizadores da prova em relação aos perigos inerentes à passagem pela Mauritânia, onde, no dia 24 de Dezembro, foram mortos quatro turistas franceses.
O responsável falou de uma reunião entre os organizadores e o ministro dos negócios estrangeiros de França, onde foram abordadas questões de segurança, em relação a participantes e a todo o staff que está envolvido na competição: «O ministro aconselha que nenhum cidadão francês viaje para a Mauritânia, até nova informação. Isso aplica-se a todos os franceses, assim como à organização do Lisboa-Dakar.»
Os organizadores, por seu lado, anunciaram, através do site oficial do Dakar, que «vão reunir-se com as autoridades governamentais francesas e mauritanas para tomarem conhecimento dos novos elementos que terão motivado as referidas declarações, apesar das reiteradas garantias dadas pelo governo mauritano.»
Segundo os responsáveis só assim poderão analisar a situação, uma vez que foram dadas garantias de que não existiriam problemas de segurança. A promessa de que existirão três mil homens destacados para assegurar a passagem de todos os que participam no rali parece ter convencido o chefe de segurança da prova, mas pode ter-se gerado agora um impasse.